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Da importância do dinheiro às conexões verdadeiras: 2022 marcou nossa busca pela equidade de gênero

Em um ano como colunista na EXAME, compartilhei reflexões, dados e fatos que permeiam a realidade das mulheres como mães, filhas, profissionais e amigas

Unilever lança o Prontidão Júnior após aumento de 15% de pessoas negras na liderança (courtneyk/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2022 às 07h00.

Última atualização em 21 de dezembro de 2022 às 09h10.

Conexão, dinheiro, liberdade e equidade para mulheres. Essas são as palavras que acredito que definem o que foi o ano de 2022 para mim e para a Fin4She. Olhando para trás, percebo que esses foram os objetivos centrais que nortearam cada evento, cada ação e cada pauta que trabalhamos nos últimos 12 meses. A maioria delas aqui, na EXAME.

Agora, em dezembro, completo um ano como colunista do veículo. Em dezenas de textos publicados no site e na revista, compartilhei reflexões, dados e fatos que permeiam a realidade das mulheres no mercado de trabalho, na família, no papel de mães, filhas, profissionais e amigas.

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Por aqui, falamos sobre a necessidade de termos coragem para correr riscos , afinal, em um mundo que está em constante mudança, é impossível eliminar riscos e incertezas. A expectativa do sucesso garantido é cada vez mais presente. Porém, precisamos aceitar que assumir riscos, fracassar e receber críticas faz parte do processo.

Em meio à barbárie do conflito na Ucrânia, trouxemos uma reflexão sobre a vulnerabilidade das mulheres em tempos de guerra . Infelizmente, nós mulheres sempre estamos no lado mais fraco de qualquer tipo de crise. O impacto é real e, mais que isso, os traumas são para sempre.

Fizemos um raio-x sobre as nossas conquistas mais recentes como o direito ao dinheiro, ao corpo e à vida. Também mostramos que os espaços foram e têm sido cada vez mais preenchidos por nós. São exemplos disso o aumento de mulheres na política, no empreendedorismo e no mercado financeiro, onde já representamos quase um quarto dos investidores.

Nas páginas da Revista EXAME , buscamos quebrar o tabu sobre o  dinheiro e mostrar que ele representa a liberdade para mulheres. Afinal, cuidar da própria renda é um ato de coragem que nos leva à liberdade pautada em três pilares: carreira, dinheiro e enriquecimento.

Também usamos esse espaço para falar sobre carreira e maternidade . Abordamos o fato de que o peso da maternidade para a carreira das mães é muito maior do que para a vida profissional dos pais. O recado final é claro: nossos sonhos não acabam na sala de parto.

Etarismo também foi tema por aqui. 40 anos é o limite? Não é bem assim. Desde quando (e até quando) a vida profissional das mulheres tem data de validade? Por aqui eu tenho 38 anos, e estou apenas começando a minha jornada empreendedora na Fin4she.

Eu me reinventei profissionalmente e comecei a minha empresa após a maternidade. Nunca estive tão fora da zona de conforto, estudando, aprendendo coisas novas diariamente. E o que eu mais percebo em relação a idade é a qualidade dos relacionamentos.

Inclusive, relacionamentos e conexões verdadeiras foram outras pautas recorrentes nas colunas que escrevi para a EXAME e nas ações da Fin4She durante esse ano. Um exemplo claro foi a 3ª edição do Women in Finance , que cumpriu o seu papel e ajudou centenas de profissionais a se conectarem verdadeiramente, para além das milhares de conexões (às vezes, sem sentido) que temos no LinkedIn.

O encontro reuniu centenas de mulheres inspiradoras que falaram sobre suas histórias e como chegaram onde estão (sem descartar todos os desafios e momentos de coragem); sobre quais são as competências esperadas das lideranças do futuro; e sobre como fomentar o ecossistema e o capital femininos.

Para fechar o ano com chave de ouro, ainda lançamos a 4She , nossa nova plataforma feita para ajudar mulheres a alavancarem suas carreiras.

Por meio do nosso site ( disponível aqui ), qualquer executiva, empreendedora e colaboradora consegue encontrar boas oportunidades e vagas, se cadastrar em um banco de currículos compartilhado com as principais empresas do país, acessar conteúdos para se desenvolver pessoal e profissionalmente, e ainda fazer parte dessa comunidade incrível que é a 4She.

Dezembro também tem um gostinho especial, é o mês do meu aniversário! Me despeço por aqui com uma reflexão sobre essa renovação de ciclo pessoal, 2022 foi um ano intenso e transformador, que veio acompanhado de muitas realizações. Mais do que difícil, foi um ano que me desafiou em todos os sentidos. E me despeço dos meus 38 anos de uma forma diferente, como nunca me senti antes…

Talvez sejam as conexões verdadeiras e maravilhosas que tive a oportunidade de fazer este ano. Talvez um processo de amadurecimento forçado, em um ano tão complexo e com tantas decisões importantes. Talvez uma necessidade de buscar essa paz e equilíbrio dentro de mim mesma, e a felicidade ter conquistado.

Obrigada, Exame, por proporcionar esse espaço para o diálogo aberto. Conto com vocês para que em 2023 possamos compartilhar reflexões verdadeiras que ajudem a fortalecer a rede de apoio em busca da equidade de gênero e da liberdade para as mulheres.

Que 2023 seja um ano de muito trabalho, conquistas e coragem (sempre), mas o que eu mais desejo é leveza e histórias de verdade, para me inspirar e seguir fazendo o que eu mais acredito e amo!

E você, o que mais deseja para o seu próximo ano?

*Carolina Cavenaghi é cofundadora e CEO da Fin4she, uma plataforma que conecta e impulsiona negócios e pessoas através da diversidade. É responsável por liderar e implementar projetos que promovem o protagonismo e a independência financeira feminina, buscando ampliar e fortalecer a presença de mulheres no mercado de trabalho. É a idealizadora do Women in Finance Summit Brazil e do Young Women Summit, eventos que já reuniram milhares de pessoas. Foi executiva da Franklin Templeton por mais de dez anos e trabalha no mercado financeiro desde 2006. Atualmente mora em Teresina, no Piauí, é mãe do Tom e do Martin e, através da Fin4she, tem a missão de transformar a forma como o mercado e as pessoas se conectam com a equidade de gênero.

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