(Germano Lüders/EXAME.com/Exame)
O BTG Pactual digital atualizou sua carteira de fundos imobiliários nesta quinta-feira, 1º, com algumas alterações. Os estrategistas do banco recomendam a venda de BTG Pactual Logística FII (BTLG11), que tinha peso de 10%. No lugar, entra a Vinci Logística FII (VILG11), também com 10% de peso.
Os analistas destacam que o BTLG11 entregou um retorno de 10,9% desde que entrou na carteira recomendada, acima do Ifix de 4,2% no mesmo período. Apontam, ainda, que ele tem uma carteira de alta qualidade e gestão de excelência. Mas uma queda recente do Vinci Logística FII abriu espaço para a busca de um upside adicional em uma troca tática.
Criado em 2019, o Vinci Logística FII registra queda do mercado secundário desde o início de sua última emissão de cotas para se aproximar do preço de subscrição da oferta. O encerramento aconteceu em março, com a captação de 480 milhões de reais, valor correspondente à totalidade da oferta base somada a um lote adicional. Mesmo depois disso, continua negociando próximo ao seu valor patrimonial. Por isso, abriu uma boa oportunidade de compra.
O fundo é gerido pela Vinci Partners, que busca obter renda e ganho de capital com empreendimentos imobiliários focados em operações no segmento de logística. A gestão foca os imóveis próximos a centros consumidores, nas regiões Sul e Sudeste. O relatório destaca que o portfólio tem potenciais bons ativos, o que dilui os riscos de crédito e vacância e aumenta a liquidez do fundo.
Os analistas seguem otimistas com o mercado imobiliário por causa das baixas taxas de juro. Apesar de a Selic ter saído de seu menor patamar, de 2% para 2,75%, ela segue baixa em comparação a seu histórico. Isso provocou o crescimento do mercado nos últimos três anos, com aumento do número de investidores e de liquidez dos fundos.
No longo prazo, a retomada da atividade econômica deve beneficiar os segmentos de lajes corporativas, galpões logísticos e shopping centers. Por isso, destacam que o momento é oportuno para investimentos no setor imobiliário, que tende a apresentar bom desempenho nos próximos anos.
Os estrategistas recomendam uma carteira diversificada em gestores e segmentos, com ativos de tijolo de alta qualidade e bem localizados. É uma forma de se expor ao setor de forma resiliente em tempos de maior volatilidade e se beneficiar em momentos de retomada.
A carteira para o mês de abril (composta de 12 ativos) está distribuída entre recebíveis (32,5%), galpões logísticos (27,5%), híbridos (25%) e lajes corporativas (15%). O dividend yield anualizado é de 7% e de 6,7% para os próximos 12 meses. Em termos de liquidez, o volume médio diário de negociação é de aproximadamente 3,8 milhões de reais.