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Estes são os fundos imobiliários (FIIs) recomendados pelo BTG para março

De olho nas tensões internacionais com a guerra entre Rússia e Ucrânia e no cenário de inflação doméstica, analistas montam carteira de FIIs com foco em liquidez

Tensão externa por guerra entre Rússia e Ucrânia afetou o mercado de renda variável, inclusive o de fundos imobiliários (Germano Lüders/EXAME.com/Exame)

Tensão externa por guerra entre Rússia e Ucrânia afetou o mercado de renda variável, inclusive o de fundos imobiliários (Germano Lüders/EXAME.com/Exame)

BC

Beatriz Correia

Publicado em 3 de março de 2022 às 18h09.

O BTG Pactual divulgou, nesta primeira semana de março, a sua carteira recomendada de fundos imobiliários (FIIs) sem nenhuma alteração de ativos, mas com ajuste em posições. As duas mudanças feitas pelos analistas do banco foram: a redução da participação em BTCR11 (de 10,0% para 8,0%), cuja liquidez média dos últimos três meses foi R$ 700 mil/dia; e o aumento de posição no CPTS11 (de 6,0% para 8,0%), que possui média de negociação de R$ 7 milhões/dia.

O movimento visa a busca por uma maior liquidez tendo em vista a tensão externa causada pela guerra entre Rússia e Ucrânia e o cenário doméstico de pressão inflacionária, além das expectativas para o ano eleitoral. A ação militar russa no país vizinho foi seguida de anúncios de sanções por diversos países. Como resultado, o mercado de renda variável, inclusive o de fundos imobiliários, apresentou queda, enquanto o preço das commodities disparou. 

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No Brasil, os índices de preços seguem em alta. Consequentemente, o Copom decidiu aumentar a taxa de juros para 10,75% e a expectativa da equipe econômica do BTG é que o ciclo de alta seja interrompido apenas aos 12,25%, na reunião de maio. 

“Tendo em vista o cenário de maior tensão externa, bem como o arrefecimento das expectativas de crescimento da economia brasileira e o ambiente eleitoral, acreditamos que seja prudente trazer maior liquidez à nossa carteira recomendada e mitigar os riscos de oscilação do valor das cotas no mercado secundário. Essa estratégia já vem sendo implementada desde o ano passado e vamos continuar focando em trocas que gerem ganho de liquidez”, afirma o relatório assinado por Daniel Marinelli, Danilo Barbosa e Matheus Oliveira. 

Sendo assim, a carteira recomendada de FIIs pelo BTG Pactual para março segue composta de 14 ativos, divididos entre: recebíveis (51,0%), galpões logísticos (20,0%), lajes corporativas (18,0%), híbridos (6,0%) e shoppings (5,0%).

O dividend yield anualizado é de 10%, assim como o dividend yield para os próximos 12 meses (também de 10%). Já as cotas dos fundos sugeridos negociam, na média, com desconto de 14% em relação a seus valores patrimoniais. Em termos de liquidez, a carteira possui o volume médio diário de negociação de aproximadamente R$ 3,5 milhões.

Apesar do momento desafiador para os mercados, o relatório aponta que, para os analistas do banco, as quedas ocorridas ao longo do ano de 2021 abriram diversas oportunidades para o investidor que busca tanto o ganho de capital quanto a renda. “Na nossa visão, é possível encontrar diversos ativos que oferecem relação risco vs. retorno bastante favorável, apoiada em fundamentos sólidos”.

Os fundos que compõem a carteira de março ainda buscam proporcionar, além da diversificação setorial, exposição a diferentes regiões do país. “Em termos de estratégia, acreditamos que uma carteira diversificada (diferentes gestores e segmentos), com ativos de tijolo de alta qualidade e bem localizados (como os sugeridos), é a melhor forma de ficar exposto ao mercado imobiliário de forma resiliente em períodos de maior volatilidade e de se beneficiar em momentos de retomada”, diz o relatório.

Veja, abaixo, quais são os 14 ativos escolhidos pelos especialistas.

RBRR11 (12,5%);

BTCR11 (8,0%);

KNCR11 (17,5%);

FEXC11 (5,0%);

CPTS11 (8,0%);

XPLG11 (2,5%);

VILG11 (7,5%);

BRCO11 (2,5%);

HSLG11 (7,5%);

RBRP11 (6,0%);

BRCR11 (5,0%);

RCRB11 (8,0%);

HGRE11 (5,0%);

VISC11 (5,0%)

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