Mercado de carbono: curva de maturidade do setor ainda está em adaptação (Getty Images/Getty Images)
Jornalista
Publicado em 24 de junho de 2021 às 11h36.
Última atualização em 1 de julho de 2024 às 13h41.
Empresas comprometidas com a minimização das emissões de carbono e com a redução dos demais impactos ambientais em suas cadeias de produção têm chamado a atenção dos investidores. Prova disso é que 54% dos 425 investidores globais entrevistados para uma pesquisa da BlackRock acreditam que a adequação à agenda ESG é fundamental para o processo e resultado de seus investimentos.
O estudo ainda aponta que as alocações em ativos sustentáveis devem dobrar nos próximos anos e representar 37% dos ativos sob gestão em 2025. Nesse cenário, fundos que acompanham o mercado de créditos de carbono e penalizam poluidores ganham destaque. É o caso do ETF KraneShares Global Carbon.
Usando o IHS Markit Global Carbon Index como referência, o fundo rastreia os contratos futuros de crédito de carbono mais negociados no mercado e, nos últimos seis meses, acumulou uma rentabilidade de 52,08%.
Segundo o site da própria KraneShares, o índice “apresenta uma nova medida para hedge de risco e compra do preço do carbono, ao mesmo tempo em que apoia o investimento responsável”.
Créditos de carbono são certificados que comprovam que 1 tonelada de dióxido de carbono (CO2) deixou de ser emitida na atmosfera. Eles servem para compensar eventuais impactos ambientais produzidos pelos compradores e podem ser comercializados entre empresas e países.
Em dezembro de 2020, os três maiores mercados futuros de carbono globais rastreados pelo indicador IHS Markit Global Carbon tinham um tamanho de mercado de aproximadamente 260 bilhões de dólares. E, com políticas globais cada vez mais voltadas para a descarbonização, a tendência é que ele cresça ainda mais.
Para ter uma ideia, no final do ano passado, o preço global do carbono era de 24,05 dólares por tonelada de CO2. Para atingir as metas de redução de emissões estipuladas no Acordo de Paris (2015), a IHS Markit Global estima que os preços precisarão atingir uma faixa entre 50 e 100 dólares por tonelada. Assim, quem apostar neste mercado agora tem grandes chances de se beneficiar de sua expansão nos próximos anos.
Pensando nessa oportunidade de investimento, o BTG Pactual digital deu início em 22 de junho ao período de reserva de um COE atrelado ao KraneShares Global Carbon ETF, que permite aos investidores alocarem parte de sua carteira no fundo.
Com aplicação mínima a partir de 1.000 reais, o produto é uma boa alternativa para quem busca aliar a segurança da renda fixa ao potencial de retorno da renda variável. Isso porque ele tem 100% do valor nominal protegido.
Ou seja, caso o ativo não valorize durante o período de aplicação, o investidor tem a garantia de receber o valor aplicado inicialmente ao final da operação, sem qualquer remuneração extra. Já se o ativo de referência apresentar variação positiva, o investidor recebe o valor nominal investido acrescido do desempenho, considerando um ganho máximo de 100% da alta do ativo
Antes de investir, é fundamental que a pessoa avalie se a aplicação vai ao encontro de seu perfil e objetivos. Isso porque ele apresenta liquidez baixa. Além disso, por se tratar de um produto atrelado ao mercado de ações, é preciso que o investidor esteja ciente da alta volatilidade no valor da operação.