ChatGPT: IA de processamento de linguagem natural (Anadolu Agency/Getty Images)
Repórter
Publicado em 12 de setembro de 2023 às 11h39.
Última atualização em 12 de setembro de 2023 às 14h30.
Num recente desdobramento em um tribunal federal de São Francisco, a OpenAI, startup de IA que conta com o apoio da Microsoft, foi alvo de um processo sobre que deve se tonar cada vez mais comum quando se trata de IA.
A acusação principal é de que a empresa teria usado suas obras literárias, sem a devida autorização, para treinar o assistente de inteligência artificial ChatGPT. Entre os autores que iniciaram a ação, está o renomado Michael Chabon, agraciado com o Prêmio Pulitzer.
A ação movida na última sexta-feira, da qual também fazem parte David Henry Hwang, Matthew Klam, Rachel Louise Snyder e Ayelet Waldman, destaca que a OpenAI se valeu de suas obras com o intuito de capacitar o ChatGPT a interagir com prompts de texto humano.
Conforme apontado no processo, materiais como livros e artigos desempenham papel crucial no treinamento do ChatGPT, dada a representatividade de escrita extensa e de alta qualidade que carregam.
Os autores defendem que suas obras foram incluídas no banco de dados de treinamento sem consentimento e enfatizam a habilidade do sistema de reproduzir resumos e estilos de escrita similares aos originais.
Na ação, os autores solicitam tanto compensação financeira quanto o cessar das práticas consideradas pela parte acusadora como injustas e ilegais por parte da OpenAI.
Vale ressaltar que este não é um caso isolado. A OpenAI já enfrentou pelo menos outras duas ações coletivas similares. Além dela, companhias como Microsoft, Meta Platforms e Stability AI já foram alvo de processos por questões semelhantes relacionadas ao treinamento de inteligência artificial.
No entanto, empresas como a OpenAI defendem que a utilização desses materiais, oriundos da internet, se enquadra no uso justo permitido pelas normas de direitos autorais.
No início do ano, o ChatGPT registrou crescimento notável, alcançando a marca de 100 milhões de usuários ativos mensais em janeiro, até ser ultrapassado pelo aplicativo Threads da Meta.