Taylor Swift: cantora é vítima de "deepnudes"; entenda o que são (Hector Vivas/Getty Images)
Repórter
Publicado em 26 de janeiro de 2024 às 11h24.
Fãs da cantora Taylor Swift foram surpreendidos nas redes sociais nesta quinta-feira, 25, com imagens geradas por inteligência artificial (IA) que retratavam a cantora de forma explícita.
As imagens mostram a cantora com os seios expostos, sendo apalpada por torcedores durante uma partida de futebol americano. A cantora namora o jogador profissional Travis Kelce.
Tais imagens são conhecidas como falsos nudes, ou "deepnudes". É uma variação do termo "deepfake", descrição para imagens, vídeos ou áudios falsos gerados por IA, usado para falar de fotos falsas de pessoas nuas ou em cenários sexuais.
Uma só postagem, feita por um usuário verificado, conseguiu mais de 45 milhões de visualizações e 24 mil republicações em menos de 24 horas.
Postadas no site X, antigo Twitter, as fotos adulteradas de Taylor Swift provocaram indignação entre os admiradores da artista pop, que subiram a hashtag "Proteja Taylor Swift" com vídeos de performances da cantora para as imagens falsas "desaparecerem" entre os tuítes de apoio.
Responsável pela plataforma desde 2022, Elon Musk enfrenta críticas pela aparente falta de capacidade do X em lidar com conteúdo explicito e desinformação. A empresa afirma que deletou as imagens falsas de Taylor Swift, mas o problema é muito maior: tais conteúdos têm as próprias comunidades, muito mais discretas e pertencentes a sites como Reddit ou apps de mensagem como o Telegram. Após divulgado, é quase impossível desaparecer com um "deepnude".
Uma variação do termo "deepfake", descrição para imagens, vídeos ou áudios falsos gerados por IA, os "deepnudes" são fotos falsas de pessoas nuas ou em cenários sexuais, geradas por inteligência artificial.
No Brasil, a criação ou manipulação de imagens com inteligência artificial para fins pornográficos é considerada crime. A legislação prevê pena de detenção de seis meses a um ano e multa para quem produz tais conteúdos sem o consentimento dos participantes, e reclusão de um a cinco anos para quem os compartilha.
"Deepnudes" têm se tornado um desafio crescente, principalmente para mulheres. Casos semelhantes envolvendo a atriz Ísis Valverde e até estudantes em escolas do Rio de Janeiro e Recife destacam a urgência de medidas rigorosas para combater esse tipo de crime virtual.