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O que a IA pode fazer pela gestão pública? O CLP e Microsoft querem ajudar a entender

Parceria entre a organização e a big tech visa impulsionar a eficiência e a inovação no setor público brasileiro. O objetivo: gerar uso ético e transparente da inteligência artificial

Tadeu Barros: diretor-presidente do CLP
André Lopes

Repórter

Publicado em 7 de dezembro de 2023 às 08h01.

Última atualização em 10 de abril de 2024 às 15h58.

Depois que o ChatGPT se tornou a inteligência artificial (IA) generativa mais usada mundialmente, com 100 milhões de usuários, surgiu rapidamente entre as empresas a preocupação sobre como seus funcionários utilizam o bot da OpenAI e tantos outros que surgiram ao longo deste ano. Na tangente, em menor intensidade, se discutiucomo os governos e todo o setor público dariam uso para esse potente recurso tecnológico.

Para mitigar os efeitios nocivos, mas também impulsionar o que de bom a IA pode oferecer, a Microsoft Brasil e o Centro de Liderança Pública (CLP) anunciaram o lançamento de um guia dedicado à aplicação de inteligência artificial na gestão pública. O evento de lançamento ocorreu durante o 127º Fórum Nacional de Secretários de Estado da Administração em Maceió, Alagoas, em novembro.

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O guia, disponível no link, destaca as múltiplas possibilidades de uso da IA no setor público, abrangendo áreas como saúde e segurança. Segundo Tadeu Barros, diretor-presidente do CLP, o objetivo é orientar principalmente os servidores públicos em seus projetos e dia a dia administrativo.

"O documento baseia-se no NIST AI 100-1 Artificial Intelligence Risk Management Framework, desenvolvido pelo National Institute of Standards and Technology dos EUA. Na concepção, fizemos a divisão entre uma versão mais simples e introdotória, e um mais robusto, que serve para usos mais avançados e que trabalhem a IA com mais profundidade", diz Barros.

E faz sentido ter uma diretriz como propõe a CLP. O Brasil figura na 39ª posição no ranking global de desenvolvimento de tecnologias de IA, segundo dados de 2022 do Tortoise Media, um site britânico. No contexto sul-americano, o país se destaca ainda mais, ocupando a 28ª colocação em termos de implementação de políticas públicas voltadas para o avanço da IA.

Ronan Damasco, diretor de Tecnologia da Microsoft Brasil, reforça a importância do guia e da participação das empresas que fornecem infraestrutura nos debate. Para ele, além do potencial para melhorar a eficiência dos serviços públicos, há como beneficiar a economia e a sociedade.

"Além do guia, o CLP desenvolveu um manual de boas práticas em inteligência artificial na gestão pública brasileira, compartilhando iniciativas em andamento no país. Um dos exemplos citados é o assistente virtual Jaque, usado pela Secretaria do Tesouro Nacional, que já realizou mais de 2.800 interações, reduzindo a carga de trabalho dos servidores", conta Damasco

Esta posição privilegiada abre caminhos para que o Brasil possa focar em questões sociais complexas, transcendendo as atividades administrativas e burocráticas do cotidiano. A integração eficaz da IA nos processos rotineiros de trabalho promete revolucionar o custo operacional do setor público.

Mais do que isso, colocando os cidadãos no centro das atenções e utilizando a IA para analisar e resolver problemas fundamentais, novos processos de trabalho inovadores e impactantes podem ser desenvolvidos.

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