A pesquisa da Microsoft analisou 37,5 milhões de conversas com o Copilot entre janeiro e setembro de 2025
Redator
Publicado em 11 de dezembro de 2025 às 11h29.
Apesar de ainda ter um número de usuários reduzido em relação ao Gemini, do Google, ou ao líder ChatGPT, da OpenAI, o Copilot, da Microsoft, está crescendo em popularidade, tanto para produtividade quanto para questões pessoais, como saúde, carreira e relacionamentos.
Dados compartilhados pela Microsoft com a Axios revelam que, enquanto os usuários veem a inteligência artificial da empresa como uma ferramenta de produtividade no desktop, no celular ela é percebida como uma "companheira de conversa". Isso sugere a necessidade de interfaces diferenciadas dependendo do dispositivo.
A pesquisa, que analisou 37,5 milhões de conversas com o Copilot entre janeiro e setembro de 2025, revelou que, enquanto no desktop a ênfase está em otimizar a execução de tarefas e a densidade de informações, no mobile a prioridade é empatia, brevidade e orientação pessoal.
Embora a conveniência de um assistente online para conselhos imediatos seja inegável, o uso de chatbots para questões emocionais e de saúde levanta preocupações. Ferramentas como o Copilot podem ser úteis, mas não foram projetadas para fornecer apoio psicológico. Em muitos casos, esses bots falham, fornecendo respostas erradas, reforçando comportamentos prejudiciais e, em alguns casos, até incentivando autolesões.
Além disso, a falta de confidencialidade legal nas interações coloca os usuários em risco, já que as informações sensíveis compartilhadas nas conversas com chatbots não são protegidas por sigilo, como ocorre em consultas com médicos ou advogados.
Ao contrário de outras startups, a Microsoft já enfrentou problemas com chatbots no passado, como o caso do Tay em 2016, quando muitas dessas empresas ainda nem existiam ou estavam iniciando. Naquele caso, a companhia teve que suspender as atividades do robô após conversas com usuários no Twitter (hoje X) gerarem respostas obscenas e racistas da IA.
Nesse sentido, enquanto disputa a preferência dos usuários com empresas como OpenAI, Google, Meta e Anthropic, a Microsof afirma que está trabalhando para encontrar o equilíbrio entre o potencial de engajamento e os riscos envolvidos, reconhecendo a necessidade de estabelecer salvaguardas para evitar danos aos usuários.