Jensen Huang: CEO da Nvidia (I-HWA CHENG/AFP/Getty Images)
Repórter
Publicado em 26 de agosto de 2024 às 10h54.
Última atualização em 26 de agosto de 2024 às 10h54.
Com a valorização de 3.776% desde 2019, as ações da Nvidia transformaram muitos funcionários em multimilionários. Essa fortuna, no entanto, vem acompanhada de jornadas de trabalho exaustivas e de alta competitividade, mas o pacote completo tem mantido o CEO Jensen Huang em alta no quesito reputação.
Atualmente, o líder da Nvidia possui uma taxa de aprovação de 97% no Glassdoor, acima de líderes clássicos da tecnologia como Sundar Pichai (Google) e Tim Cook (Apple).
Nos bastidores da dinâmica corporativa da Nvidia, destaca-se um fator crucial: a gigante dos chips adicionou valor de mercado mais rápido do que qualquer outra empresa na história. Com um cenário de dependência global dos produtos da empresa, internamente a cultura impõe expectativas rigorosas, com estruturas de comando em que um gerente pode ter dezenas de subordinados diretos. Ao contrário de seus concorrentes, Huang prefere "lapidar" seus funcionários para que atinjam a grandeza, em vez de demiti-los.
Huang é conhecido por evitar burocracias e por se envolver em decisões aparentemente menores, como a escolha de uma foto para uma campanha de marketing. Ele exige que os funcionários enviem regularmente um e-mail com uma lista de cinco tarefas em que estão trabalhando, às quais ele responde diretamente, quando necessário.
Dada a boa fase, a empresa não tem enfrentado problemas para reter funcionários: em 2023, a taxa de rotatividade foi de apenas 2,7%, comparada à média de 17,7% na indústria de semicondutores, segundo o relatório de sustentabilidade de 2024 da empresa.
E, apesar dos desafios, para muitos, o salário e as recompensas financeiras ainda compensam o estresse. No entanto, à medida que os valores acumulados aumentam, a atratividade de continuar em um ambiente de alta pressão como o da Nvidia pode diminuir, incentivando-os a sair para aproveitar suas fortunas.