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Dois nanômetros: a medida que deve azeitar a Guerra dos Chips

Gigantes como TSMC, Samsung e Intel competem pelo avanço na nova geração de chips. O avanço pode resultar em um incremento de US$ 500 bilhões para o setor

(Anadolu Agency/Getty Images)
André Lopes

Repórter

Publicado em 11 de dezembro de 2023 às 13h15.

Última atualização em 11 de dezembro de 2023 às 13h17.

As principais empresas de semicondutores do mundo estão em uma corrida para desenvolver chips de processador de "2 nanômetros". Chips nessas microscópicas dimensões são cruciais para o futuro dos smartphones, centros de dados e inteligência artificial (IA). Na dianteira, está a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), a maior fabricante do mundo e a favorita para manter a liderança global no setor. No entanto, Samsung e Intel veem essa nova etapa tecnológica como uma oportunidade para reduzir as diferenças existentes.

Historicamente, o norte da indústria da computação é a miniaturização dos componentes. Menores transistores significam menor consumo de energia e maior velocidade. Atualmente, termos como "2 nanômetros" são usados para descrever cada nova geração de chips, mais do que as dimensões físicas reais do semicondutor.

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Liderar a próxima geração de semicondutores avançados pode significar dominar um setor que gerou mais de US$ 500 bilhões em vendas globais de chips no último ano. Há expectativas de crescimento devido à demanda por chips para centros de dados que alimentam serviços de inteligência artificial generativa.

No portifólio da líder, já um produto promissor. A TSMC apresentou recentemente os resultados de testes do seu protótipo "N2" para grandes clientes como Apple e Nvidia.

Por outro lado, a Samsung lançou versões mais acessíveis dos seus protótipos de 2 nanômetros, ainda que menos sofisticados do que da rival.

Já a Intel, anterior líder de mercado, planeja produzir sua próxima geração de chips até o final do próximo ano. No entanto, há dúvidas sobre a performance dos produtos da empresa norte-americana.

A TSMC prevê iniciar a produção em massa de chips N2 em 2025, começando com versões móveis e, posteriormente, para PCs e chips de alto desempenho. O iPhone 15 Pro e Pro Max da Apple foram os primeiros dispositivos de consumo em massa a utilizar a nova tecnologia de chip de 3 nanômetros da TSMC.

Mesmo assim, a Samsung pode incomodar a líder. Ainda que possua 25% do mercado global de fundição avançada, frente a 66% do mercado da TSMC, a empresa sul-coreana foi a primeira a iniciar a produção em massa de chips de 3nm e a adotar a nova arquitetura de transistor "Gate-All-Around" (GAA).

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