Inteligência Artificial

Dispositivo para pintar unhas combina IA e robótica; conheça o Nimble

O aparelho, uma caixa branca de 8 quilos, está em exposição esta semana na Consumer Electronics Show (CES), que reúne o melhor da indústria de tecnologia todos os anos em Las Vegas

O dispositivo Nimble Beauty

O dispositivo Nimble Beauty

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 10 de janeiro de 2024 às 12h37.

Última atualização em 10 de janeiro de 2024 às 12h54.

Com manicures robôs em casa dignos de um salão profissional e conselhos especializados para o cuidado da pele graças à inteligência artificial (IA), a indústria da beleza aposta na tecnologia para democratizar serviços às vezes reservados aos ricos e celebridades.

É o caso do Nimble, apresentado como o primeiro dispositivo do mundo que combina IA e robótica complexa para pintar as unhas e secá-las em apenas 25 minutos... e em casa, o que não requer agendamento prévio.

O aparelho, uma caixa branca de 8 quilos, está em exposição esta semana na Consumer Electronics Show (CES), que reúne o melhor da indústria de tecnologia todos os anos em Las Vegas, nos Estados Unidos.

Segundo seus criadores, o Nimble utiliza microcâmeras de alta resolução e imagens tridimensionais para determinar o formato, o tamanho e a curvatura das unhas. Em seguida, um pequeno braço robótico guiado por algoritmos de IA aplica o trio "base-esmalte-acabamento" enquanto um soprador seca a cada camada.

Quando estiver à venda em março por US$ 599 (quase R$ 3 mil na cotação atual), haverá mais de 30 cores disponíveis em cápsulas ao preço de US$ 10 (quase R$ 50).

A IA, já um elemento básico da inovação tecnológica de consumo, também trilha seu caminho em produtos de maquiagem e cuidados com a pele.

"A tecnologia nos ajuda a construir relacionamentos mais próximos com nossos clientes", disse Nicolas Hieronimus, CEO da gigante de cosméticos L’Oréal, na sessão de abertura da CES na terça-feira.

Quando se trata de beleza, acrescentou, estas inovações oferecem "experiências inclusivas" e permitem que "as pessoas expressem quem são".

Diante de um público de cerca de 2 mil pessoas, além daquelas que se conectaram online, o executivo demonstrou o aplicativo gratuito Beauty Genius, que pretende ser um "consultor pessoal virtual" baseado em IA.

Recomenda produtos de cuidado e maquiagem, orienta técnicas, tira dúvidas sobre problemas como acne, queda de cabelo, entre outros, e permite que os usuários experimentem os produtos virtualmente.

Testes virtuais

Esse também é o objetivo do programa Beautiful AI, criado pela Perfect Corp, que combina IA generativa e realidade virtual para realizar análises de pele ao vivo, provas de penteados ou joias em 3D e fazer recomendações.

Em um estudo publicado em maio, a empresa de consultoria McKinsey estimou a indústria global da beleza em US$ 430 bilhões em 2022 (R$ 2,24 trilhões na cotação da época) e espera que atinja US$ 580 bilhões em 2027 (R$ 2,83 trilhões na cotação atual). Suas vendas online quase quadruplicaram entre 2015 e 2022.

A coreana Prinker, especialista em tatuagens temporárias, apresenta este ano um produto semelhante de aplicação de maquiagem.

Mais uma vez se recorre à IA, com um scanner biométrico 3D para mapear características faciais, depois aconselhar sombras para os olhos e contornos antes de "imprimir" os pós na pele.

Os cabelos também são contemplados. Esta semana, a L'Oréal apresenta em estreia mundial um secador conectado que pode ser configurado através de um aplicativo, considerando o tipo de cabelo e adaptando a potência e a distribuição de calor.

O Airlight Pro — que estará à venda em abril — utiliza luz infravermelha para secar, o que preserva a hidratação e economiza 31% de energia em relação a um aparelho convencional, explicou Adrien Chrétien, executivo da L'Oréal.

O Colorsonic, um dispositivo para colorir os cabelos com cartuchos reutilizáveis, também deve ser lançado ainda este ano.

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