Inteligência Artificial

CEO do maior banco dos EUA diz que IA não deve afetar empregos — ainda

Jamie Dimon, CEO do JPMorgan (JPM), afirmou que cautela recente nas contratações não está relacionada à IA

Jamie Dimon: CEO do JPMorgan faz previsão sobre o futuro do trabalho (Tiffany Hagler-Geard/Bloomberg/Getty Images)

Jamie Dimon: CEO do JPMorgan faz previsão sobre o futuro do trabalho (Tiffany Hagler-Geard/Bloomberg/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 8 de dezembro de 2025 às 06h01.

A inteligência artificial (IA) não deve causar uma redução drástica de empregos no próximo ano. A avaliação é de Jamie Dimon, CEO do JPMorgan (JPM), maior banco dos Estados Unidos, em entrevista ao programa Sunday Morning Futures, da Fox News. Segundo Dimon, a cautela recente nas contratações não está relacionada à IA.

Dimon comparou o impacto da tecnologia a inovações como tratores, fertilizantes e vacinas, que, ao longo da história, melhoraram a produtividade e a qualidade de vida. Ele sugeriu que, no futuro, as pessoas poderão trabalhar menos e viver melhor.

Apesar disso, o executivo repetiu o alerta de que a IA vai eliminar empregos. Ele defendeu o foco em habilidades humanas como pensamento crítico, inteligência emocional e comunicação — competências que, segundo o CEO do JPMorgan, as máquinas não substituem.

Planejamento para a IA

Nos últimos meses, Dimon tem reforçado o debate sobre o futuro do trabalho. Em novembro, ele previu que a IA poderá permitir semanas de apenas três dias e meio nos países desenvolvidos, em um horizonte de 20 a 40 anos.

Já em outubro, no Fortune Most Powerful Women Summit, ele alertou que a ausência de planejamento pode gerar reação social negativa. “Vai eliminar empregos. As pessoas precisam parar de enterrar a cabeça na areia”, declarou.

Dimon afirmou que governos e empresas devem atuar em conjunto para garantir uma transição responsável. Ele propôs medidas como requalificação profissional, realocação geográfica, assistência de renda e aposentadoria antecipada para evitar impactos sociais semelhantes aos vividos por cidades afetadas por desindustrialização.

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