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Brasil concentra 75% dos investimentos previstos para data centers e inteligência artificial

Setor de data centers na América do Sul deve crescer 68% nos próximos anos

Infraestrutura de data center em expansão na América do Sul: Brasil lidera o crescimento na região (gorodenkoff/Getty Images)
André Lopes

Repórter

Publicado em 28 de novembro de 2024 às 11h15.

Última atualização em 28 de novembro de 2024 às 11h17.

O mercado de data centers na América do Sul deve registrar um crescimento de68% nos próximos anos, impulsionado pelo avanço das tecnologias de cloud computing e pela demanda de aplicações baseadas em inteligência artificial (IA).

O estudo, divulgado pela consultoria JLL, aponta que o estoque atual da região é de 972 MW, com mais 660 MW em construção.

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Em 2014, o setor na região contava com apenas 97 MW de capacidade instalada. Hoje, os três principais mercados são Brasil, Chile e Colômbia, que juntos lideram a expansão.

Ao todo, o Brasil deve atrair 75% do volume total de investimentos no setor[/grifar], destacando-se como o principal polo da região.

Crescimento robusto até 2029

Projeções do mercado indicam queo consumo energético da região deve alcançar 1,81 mil MW até 2029, avançando a uma taxa composta anual de 9,37% (CAGR).

No Brasil, especificamente, as receitas do setor devem saltar de US$ 2,07 bilhões em 2024 para US$ 3,5 bilhões em 2029, com crescimento anual médio de 11,05%, segundo dados da Brasscom.

Cidades como Campinas, Barueri, Fortaleza, Porto Alegre e Brasília têm se tornado os destinos preferidos para novos investimentos.

Recentemente, a Scala Data Centers anunciou um aporte inicial deR$ 3 bilhões para construir a Scala AI City em Eldorado do Sul, no Rio Grande do Sul.

Inteligência artificial como alavanca de expansão

O avanço da IA desempenha papel central na expansão do mercado de data centers. Estudos indicam que as aplicações de IA devem consumir até dez vezes mais energia que sistemas tradicionais, representando, no futuro próximo, 20% da demanda global de data centers.

A infraestrutura brasileira, com alta disponibilidade de energia renovável e espaço, tem atraído empresas que desejam realizar o treinamento de algoritmos no país.

Essa etapa é menos dependente de proximidade com usuários finais, permitindo economias significativas para as empresas.

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