Redatora
Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 06h45.
Última atualização em 14 de janeiro de 2025 às 07h13.
O maiores bancos do mundo devem reduzir em cerca de 200 mil trabalhadores nos próximos três a cinco anos, à medida que a inteligência artificial (IA) avança na automatização de tarefas antes realizadas por humanos. Segundo a Bloomberg Intelligence (BI), instituições como Citigroup, JPMorgan Chase & Co e Goldman Sachs preveem uma diminuição de 3% na força de trabalho total.
Entre as funções mais impactadas estão back office e middle office, responsáveis por processos administrativos e operacionais, além de serviços ao cliente que podem ser substituídos por bots.
O relatório aponta que atividades repetitivas e de rotina são as mais suscetíveis à automatização. No entanto, a IA não eliminará totalmente os postos de trabalho, mas deve levar a uma transformação estrutural.
O estudo destaca ainda que 8 em cada 10 executivos acreditam que a IA generativa, capaz de criar conteúdo e solucionar problemas de forma autônoma, pode aumentar a produtividade e a receita em pelo menos 5% no mesmo período. Além disso, o impacto nos lucros antes de impostos deve variar entre 12% e 17%, graças à maior eficiência promovida pela tecnologia.
Já o Citigroup, em relatório separado, estima que 54% dos empregos no setor bancário são passíveis de automação, reforçando a ideia de que a maior transformação deverá ocorrer nesse segmento.
Apesar do avanço da tecnologia, muitas empresas afirmam que a substituição não será completa, mas sim acompanhada de uma reconfiguração das funções.