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De olho na telemedicina, startup cria serviço de consultas médicas a R$ 79

Criado pela startup Conexa Saúde, serviço DocPass estreia com mais de 6 mil médicos

Os sócios da Conexa Saúde, Guilherme Weigert (de jaleco), Fernando Moreira Domingues (de óculos), Guilherme Fraga (sentado) e Daniel Siqueira (em pé): aposta na telemedicina (Conexa Saúde/Divulgação)
FS

Filipe Serrano

Publicado em 9 de setembro de 2020 às 06h47.

Última atualização em 9 de setembro de 2020 às 09h49.

Com mais de 6.000 médicos cadastrados, a startup de telemedicina Conexa Saúde anuncia nesta quarta-feira (9) o lançamento do novo serviço de consultas médicas pela internet, DocPass, voltado para o público geral. As informações foram obtidas pela EXAME com exclusividade.

A plataforma tem o objetivo de atender principalmente os pacientes que não têm plano de saúde mas buscam um atendimento médico na rede privada, mais conveniente que na rede pública.

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As consultas têm preços acessíveis. Um atendimento com um clínico geral custa 79 reais. Já as consultas com médicos especialistas variam entre 100 e 150 reais. Ao todo são 24 especialidades disponíveis.

É um modelo semelhante ao de outras startups do segmento de saúde que cresceram oferecendo consultas médicas a preços mais em conta, como a Dr. Consulta, Cia. da Consulta, GlobalMed, Amparo, Comigo, Dr. Agora, entre outras. Entretanto, o serviço DocPass já nasce com foco nas consultas em vídeo, feitas pela internet.

“Hoje no Brasil somente um quarto da população mais ou menos tem cobertura de planos de saúde. O acesso à saúde portanto é uma realidade para uns, mas não é uma realidade para outros. Nós vimos a oportunidade de oferecer essa alternativa através da tecnologia para o consumidor final”, diz Guilherme Fraga, sócio da Conexa Saúde e diretor responsável pelo DocPass.

São dois modelos de consulta médica. Se o paciente precisar de um atendimento rápido e emergencial, pode buscar um dos clínicos gerais disponíveis 24 horas na plataforma. Segundo Fraga, o serviço conta com cerca de 350 médicos nessa modalidade que se revezam para fazer os atendimentos.

-(DocPass/Divulgação)

A segunda opção é agendar uma teleconsulta, no horário que for mais conveniente, com um médico especialista ou um clínico geral. Caso seja necessário, o médico pode recomendar que o paciente busque o atendimento presencial em uma clínica ou hospital ou que faça exames para uma avaliação mais completa. De acordo com o sócio da startup, em 80% dos casos, a demanda é atendida na primeira consulta.

A origem do DocPass

O DocPass começou a ser desenvolvido pela Conexa Saúde já durante a crise do novo coronavírus , quando o Conselho Federal de Medicina autorizou o atendimento por meio de vídeo excepcionalmente enquanto durar a pandemia da covid-19.

Fundada há três anos, a Conexa já oferecia uma plataforma de consultas em vídeo que é usada por hospitais, operadoras de planos de saúde e empresas que disponibilizavam essa modalidade de atendimentos aos funcionários.

A pandemia fez os sócios da empresa perceberem que era a hora de expandir o serviço para o público geral. Assim seria possível atender os pacientes que não estavam entre os clientes das empresas que já usavam a plataforma.

Em 2020, mais de 1,2 milhão de consultas foram realizadas por meio do sistema da Conexa, segundo a startup. A expectativa é que o lançamento do DocPass aumente o volume de consultas. A meta é chegar a 500.000 atendimentos até o fim de 2021 e realizar mais 1 milhão de consultas em 2022. No Brasil, mais de 1,7 milhão de teleconsultas foram realizadas em 2020, segundo um levantamento da EXAME.

O lançamento do DocPass ocorre dois meses depois de a Conexa Saúde levantar uma terceira rodada de investimentos de 40 milhões de reais com o fundo de private equity General Atlantic, a gestora de capital de risco e.Bricks Ventures e o investidor Luiz Henrique Fraga, sócio da gestora Gávea Investimentos. Parte dos recursos foi usada justamente no desenvolvimento do novo serviço.

"A telemedicina é um setor novo no Brasil. Hoje nós estamos bem posicionados no B2B, com os hospitais, com as operadoras de saúde. E agora com o DocPass queremos nos posicionar cada vez melhor no B2C. Mas estamos muito no começo desse setor como um todo. Ainda tem muita estrada pela frente", diz o sócio da Conexa, Guilherme Fraga.

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