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Que tal viajar a bordo de uma aeronave “carbono zero”?

Companhias do setor aéreo começam a anunciar alternativas para diminuir sua pegada de carbono. Confira

Michael Cervenka, Chief Operating Officer da Vertical Aerospace: promessa de revolucionar a mobilidade aérea urbana com veículos aéreos elétricos (Vertical Aerospace/Divulgação)
GS

Gabriella Sandoval

Publicado em 3 de agosto de 2021 às 10h00.

Última atualização em 5 de agosto de 2021 às 11h47.

A American Airlines anunciou, em junho, investimento na Vertical Aerospace, uma empresa britânica que está desenvolvendo um veículo elétrico aéreo de pouso e decolagem vertical.

A aeronave, chamada de V4-X4, é carbono zero e, segundo a fabricante, poderá transportar passageiros rapidamente para aeroportos e em torno de centros urbanos. O primeiro voo de teste está previsto para este ano.

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Iniciativas como a da American Airlines reforçam o desafio do setor – responsável por cerca de 2,4% das emissões globais de CO2 – para reduzir sua pegada de carbono. Junto com outros gases e as trilhas de vapor d'água produzidas pelas aeronaves, a indústria é responsável por cerca de 5% do aquecimento global.

Voos livres de poluentes

A boa notícia é que as companhias do setor vêm se mobilizando rumo a uma operação mais sustentável. Além do investimento da American Airlines recém-anunciado, o Rolls-Royce Group, empresa britânica do ramo de aviação civil e militar, revelou, também em junho, como pretende zerar as emissões de gases causadores de efeito estufa até 2050.

Entre as iniciativas da terceira maior fornecedora mundial de motores para jatos estão mudanças em seus motores para que aeronaves funcionem com combustíveis renováveis.

“Estamos anunciando planos para tornar todos os nossos novos produtos compatíveis com net zero até 2030, e todos os nossos produtos em operação compatíveis até 2050”, disse a empresa em comunicado.

O Brasil tem um plano de ação para a redução de emissões de CO2 na aviação civil brasileira. Elaborado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Ministério da Infraestrutura, ele inclui alternativas sustentáveis para combustíveis fósseis e a melhoria na infraestrutura portuária.

O documento cita que entre 2016 e 2018 pelo menos 8.250 toneladas de CO2 deixaram de ser emitidas na atmosfera em decorrência de boas práticas implementadas pelos aeroportos. Já elaboram inventários seguindo o GHG Protocol os seguintes aeroportos brasileiros:

Entre as medidas, é possível citar a substituição gradual das frotas de veículos de pátio com combustíveis menos poluentes, aumento das videoconferências e consequente redução de deslocamentos, diminuição de impressões em papéis e adoção de iluminação de LED para reduzir o consumo de energia elétrica.

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