ESG: como capacitar líderes para agendas sustentáveis
ESG: empresas que adotam práticas sustentáveis conquistam consumidores e se destacam. Capacite-se para liderar essa transformação
Faculdade EXAME
Publicado em 29 de agosto de 2024 às 20h24.
A ideia de que uma empresa não pode obter bons resultados ao adotar práticas sustentáveis tem perdido força ao longo dos anos, e as abordagens ESG (Environmental, Social and Governance - sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança) têm conquistado um espaço cada vez mais significativo no mundo corporativo.
CEOs, executivos e líderes têm percebido que adotar medidas de cuidado com o meio ambiente, de responsabilidade social e melhores práticas de governança são benéficas não apenas para o planeta, mas também para seus negócios.
Uma pesquisa recente realizada pela consultoria Nielsen em 60 países revelou que 66% das pessoas estão dispostas a pagar mais por produtos e serviços de companhias comprometidas com questões socioambientais.
Os dados do Relatório ESG e Sustentabilidade divulgado pela Opinion Box, baseado na resposta de mais de 2.200 brasileiros, reforçam as informações acima e complementam que:
- 75% afirmam que empresas com práticas sustentáveis têm mais chances de conquistá-los como clientes;
- 75% ficam mais satisfeitos ao comprar produtos que sabem que são sustentáveis;
- 54% preferem pagar mais caro por produtos mais naturais e que agridem menos o meio ambiente.
Porém, o que de fato são essas práticas sustentáveis?
ESG: a sigla na prática
O respeito ao meio ambiente, à sociedade civil e estrutura de governança pautada pelos quatro elos (transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa) criaram a sigla ESG.
Essa nova agenda reúne os principais fatores que determinam o quanto uma empresa está comprometida em ter uma operação mais sustentável, dentro de três pilares.
Práticas Ambientais (E): de que forma os negócios estão abordando questões ambientais, como redução de emissões de carbono, conservação de recursos naturais e sustentabilidade.
Responsabilidade Social (S): diz respeito às iniciativas sociais das empresas, incluindo diversidade e inclusão, políticas de igualdade salarial e responsabilidade social corporativa.
Governança Corporativa (G): análise da governança nas companhias, incluindo estruturas de liderança, conselhos de administração, ética empresarial e transparência.
Empresas de todo porte tem se movimentado para deixar um legado sustentável. No entanto, de quem é a responsabilidade de criar uma cultura sustentável dentro das empresas?
82% dos executivos brasileiros defendem que os CEOs devem liderar ativamente a agenda ESG no país
A Pesquisa Panorama ESG no Brasil, elaborada pela Amcham Brasil em parceria com a Humanizadas, mostra que na percepção desses executivos as temáticas relacionadas ao ESG devem ser lideradas pelos CEOs das empresas juntamente ao governo, que também possui papel fundamental na consolidação do tema.
Porém, a pesquisa Líderes de Negócio do Brasil e ESG mostra que apenas 16% dos líderes de negócios declaram conhecer o ESG em profundidade. A pesquisa traz outros dados curiosos sobre o conhecimento de líderes acerca do ESG.
- 92% dos executivos afirmaram que o tema é extremamente ou muito importante para o futuro dos negócios;
- 68% dos respondentes consideram o tema subestimado.
A agenda sustentável tornou-se um assunto indispensável corporativo há algum tempo, incorporando-se aos discursos dos líderes que reconhecem que esta agenda é inseparável do modo como as empresas fazem negócios. Diante deste cenário, a liderança capacitada é o melhor caminho para o ESG.
Como se tornar um bom líder ESG
O relatório The Future of Jobs 2023, lançado pelo Fórum Econômico Mundial mostra que o cargo de especialista em sustentabilidade está entre as principais profissões do futuro.
E por isso, só nos próximos 5 anos, a expectativa é que as vagas para o profissional cresçam mais de 30% no mercado, o equivalente a cerca de 1 milhão de novos empregos na área.
Cargos no setor aliam trabalho com propósito, salários que podem chegar aos R$ 30 mil mensais e uma grande oferta de vagas no mercado. O estudo KPMG ESG Yearbook Brasil 2023 traz os principais insights:
- O setor de papel e celulose manteve o maior score ESG em todos os anos analisados;
- Utilities foi o setor que mais evoluiu no período de 2018 a 2022.
- Os temas ambientais tendem a ser mais relevantes para setores como petróleo e gás, mineração e siderurgia; no entanto, algumas lacunas de transparência e gestão ainda afetam esses setores.
Para os interessados investir na carreira de ESG, separamos as principais habilidades desejadas pelo mercado para este profissional:
- Inovação;
- Adaptabilidade;
- Transparência e comunicação;
- Visão e pensamento sistêmicos;
- Foco e valorização da diversidade.
O aumento da conscientização da sociedade, o impacto positivo nos resultados financeiros e a crescente demanda do mercado por práticas sustentáveis estão motivando cada vez mais empresas a adotarem abordagens ESG. Investir na capacitação de líderes e profissionais nesse campo é crucial para assegurar que as empresas enfrentem os desafios globais e construam um legado sustentável para as futuras gerações.
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