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Como funcionam os principais mercados de capital do Brasil?

B3 centraliza todas operações do mercado de capitais brasileiro, que é dividido entre primário e secundário

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Publicado em 14 de outubro de 2024 às 11h59.

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No Brasil, o mercado financeiro é dividido em dois ambientes principais: o mercado primário e o mercado secundário. Apesar de desempenharem funções distintas na dinâmica de compra e venda de ativos, ambos são negociados por meio da B3, única bolsa de valores do país, que oferece a estrutura para que todas essas operações ocorram de maneira segura e eficiente.

O que é o mercado primário?

O mercado primário é o espaço onde as empresas ou o governo emitem títulos pela primeira vez para captar recursos.

No caso das empresas, o exemplo mais conhecido é o IPO (Initial Public Offering), quando uma companhia abre seu capital, oferecendo ações ao público pela primeira vez. Nesse ambiente, os ativos financeiros, como ações, debêntures e Certificados de Depósito Bancário (CDBs), são negociados diretamente entre o emissor e os investidores. Seu principal objetivo é gerar capital imediato para as empresas ou o governo, sem a intervenção de terceiros.

Para que a emissão de ativos ocorra no mercado primário, é necessário que as operações sejam regulamentadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Banco Central. Essa regulamentação garante transparência e segurança nas transações, já que os investidores estão adquirindo ativos diretamente da entidade emissora, assumindo um risco inicial em troca de uma possível valorização futura.

Como funciona o mercado secundário?

Após a emissão inicial no mercado primário, os títulos passam a ser negociados no mercado secundário. Diferentemente do mercado primário, no mercado secundário as transações ocorrem entre os próprios investidores. Ou seja, quando alguém compra ou vende ações ou outros ativos, não há mais envolvimento direto da empresa emissora.

Esse ambiente é feito para oferecer liquidez aos investidores, permitindo que eles negociem seus ativos quando desejarem, transformando-os rapidamente em dinheiro.

No mercado secundário, a formação de preços é determinada pela oferta e demanda. Quanto mais atrativa for a ação ou título, maior será a liquidez e o volume de negociação. Esse ambiente também pode ser organizado, como no caso da B3, ou descentralizado, como no mercado de balcão, que oferece maior flexibilidade, mas também apresenta mais riscos devido à ausência de padronização nas transações.

Como funciona a B3

A B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) é a única bolsa de valores em operação no Brasil. Ela oferece a infraestrutura para que as negociações de ações, títulos de renda fixa, derivativos e fundos imobiliários ocorram de maneira organizada e segura. Supervisionada pela CVM e pelo Banco Central, a B3 garante que todas as transações ocorram dentro das normas de transparência e proteção aos investidores.

Os investidores que desejam participar das operações na B3 precisam abrir uma conta em uma corretora de valores, que funciona como intermediária entre eles e o mercado. A B3 também atua como depositária central, onde todos os ativos são registrados, assegurando que os investidores saibam onde seus títulos estão alocados.

Além de oferecer segurança nas negociações, a B3 centraliza a compensação e liquidação das operações, garantindo que as transações sejam concluídas com a devida troca de ativos e recursos entre as partes. Como uma das maiores bolsas de valores do mundo, a B3 se destaca por sua importância na dinamização do mercado financeiro brasileiro, oferecendo liquidez e suporte para investidores e empresas.

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