Negócios

Você tem mais [1] matéria exclusiva para assinantes Exame este mês. Acesse sua conta gratuita para continuar lendo.

Bob Diamond admite "erros" no Barclays

"Claramente houve erros, claramente houve uma conduta que era repreensível", disse ele ante a comissão do Tesouro da Câmara dos Comuns

Barclays: o depoimento de Diamond acontece no dia seguinte a sua demissão (Matt Cardy/Getty Images)

Barclays: o depoimento de Diamond acontece no dia seguinte a sua demissão (Matt Cardy/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2012 às 13h42.

Londres - O ex-diretor-executivo do Barclays, Bob Diamond, admitiu nesta quarta-feira "erros" e uma conduta "repreensível" na instituição, no início de seu depoimento ante a comissão do Parlamento britânico, que examina o escândalo da manipulação de taxas.

"Claramente houve erros, claramente houve uma conduta que era repreensível", disse ele ante a comissão do Tesouro da Câmara dos Comuns, que deverá interrogar-lhe durante ao menos duas horas.

Contudo, Diamond afirmou que o banco foi conivente com seus atos. "A atitude do Barclays há três anos, quando se deu conta do que estava havendo, foi: 'vamos até o fim'", afirmou o diretor ante os deputados que representam a todos os partidos da câmara.

O depoimento de Diamond acontece no dia seguinte a sua demissão.

"Estava claro para mim que o respaldo não era tão forte e que eu teria que dar este passo", afirmou.

Pouco antes de se apresentar ante a comissão, o norte-americano revelou uma conversa telefônica entre ele e um dos vice-presidentes do Banco da Inglaterra (BoE), Paul Tucker, durante a crise financeira de 2008.

Alguns dirigentes do banco interpretaram o parecer das palavras de Tucker como uma incitação à redução das taxas interbancárias do Libor.

Segundo a imprensa britânica, o Tucker pediu nesta quarta-feira para dar explicações ante a comissão.

O escândalo estourou há exatamente uma semana, quando o Barclays revelou que iria pagar o equivalente de 290 milhões de libras (450 milhões de dólares, 360 milhões de euros) para encerrar de maneira amistosa a investigação dos reguladores britânicos e norte-americanos em um caso de manipulação das taxas interbancárias britânica Libor e a europeia Euribor entre 2005 e 2009.

Estas taxas interbancárias definem o preço através dos quais os bancos realizam empréstimos mútuos, mas também influenciam, de forma indireta, as taxas dos créditos pessoais e a empresas.

O escândalo também revelou outras vítimas, como o presidente do Barclays, Marcus Agius, e o diretor de operações da entidade, Jerry del Missier.

Acompanhe tudo sobre:Bancosbancos-de-investimentoBarclaysDemissõesDesempregoEmpresasEmpresas inglesasFinançasgestao-de-negocios

Mais de Negócios

O plano de R$ 10 bilhões da Cimed: como a farmacêutica quer dobrar de tamanho até 2030

Ele fatura milhões com caldos naturais e tem Ivete Sangalo como sócia

Guga e Rafael Kuerten apostam em energia e imóveis nos 30 anos do Grupo GK

Eles acharam uma solução simples para eliminar as taxas na hora da compra