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Senador caribenho propõe exploração da maconha

Saint Thomas - O Caribe deve "adaptar e adotar" a maconha como uma de suas matérias-primas, já que a planta poderia ser um "remédio" para tirar à região dos problemas econômicos que sofre, é a opinião do senador Terrence Nelson, das Ilhas Virgens Americanas. "Chegou o momento para o Caribe adaptar e adotar a maconha […]

Maconha: as Ilhas Virgens podem legalizar a droga (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2014 às 21h34.

Saint Thomas - O Caribe deve "adaptar e adotar" a maconha como uma de suas matérias-primas, já que a planta poderia ser um "remédio" para tirar à região dos problemas econômicos que sofre, é a opinião do senador Terrence Nelson, das Ilhas Virgens Americanas.

"Chegou o momento para o Caribe adaptar e adotar a maconha como mais uma matéria-prima", disse hoje o legislador em entrevista com a Agência Efe sobre seu discurso na reunião que a Associação de Turismo do Caribe (CTO, sigla em inglês) celebrou esta semana em Saint Thomas.

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O senador vem defendendo há anos as vantagens econômicas que a descriminalização do cultivo e do consumo de maconha traria para a região.

"Agora que a maconha começa a ser considerada legal em cada vez mais jurisdições, relatórios estão sendo publicados - sem temor - que negam os efeitos nocivos que foram atribuídos à planta por anos", defendeu, em linha com o exposto durante sua participação na citada reunião.

Para Nelson, esses relatórios "estão apoiando o fato de que há espaço para uma indústria da maconha, seja no âmbito da saúde, recreativo ou do cânhamo industrial".

Além disso, insistiu que "apesar de haver pessoas que abusam da maconha, também há muitas pessoas bem-sucedidas que a utilizam como remédio, mas nunca as vemos porque não a consomem nas ruas".

"Os vagabundos que vemos pelas ruas são viciados em outras drogas, não na maconha", argumentou o economista nascido em San Cristóbal, que se mostrou contrário a "enviar jovens para a prisão por consumo de maconha", já que isso "altera sua trajetória profissional por algo que deveria ser, em todo caso, uma infração".

Nesse sentido, disse que "na maioria dos casos, os usuários são privados de acesso a bolsas de estudos para universidades ou da obtenção de assistência federal para ter acesso a uma habitação. Não achamos que isso justifica tais consequências".

"Podemos tirar proveito da criação de uma indústria da maconha no Caribe", defendeu, após apontar que parte do dinheiro que as autoridades obteriam com a nova commodity seria destinado a combater o tabagismo e a delinquência juvenil.

Nelson pediu à CTO que "estude esse assunto mais a sério", pois "há benefícios tangíveis da produção de cannabis e o turismo que ela atrai" e que, inclusive, crie uma divisão que regule seu comércio.

Nas Ilhas Virgens "conseguimos que o projeto de Lei para a descriminalização da maconha fosse aprovado pela comissão do Senado", disse o legislador do território dependente dos EUA, cujo parlamento debaterá o assunto em novembro.

Se a proposta for aprovada como está colocada, "será despenalizada a posse de até uma onça de maconha (28 gramas), o que quer dizer que ter essa quantidade não será um crime, mas haverá multa de US$ 100 se for exibida ou consumida em público" nas Ilhas Virgens Americanas.

"Essa multa será duplicada em caso de reincidência", explicou o economista, que afirmou que a posse de quantidades superiores a uma onça poderá ser considerada crime.

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