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No Rio, contas na Suíça viram assunto de vizinhos de Cunha

Um carro da Polícia Militar com dois policiais passou o fim de semana na porta do condomínio. Segundo Cunha, isso acontece sempre que ele está no Rio.


	Alguns moradores do condomínio estão revoltados com o caso de corrupção envolvendo o presidente da Câmara.
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Alguns moradores do condomínio estão revoltados com o caso de corrupção envolvendo o presidente da Câmara. (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2015 às 16h23.

Rio - A notícia de que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem contas bancárias milionárias na Suíça não declaradas à Receita Federal foi assunto no condomínio onde mora o deputado, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio), e na vizinhança.

Alguns moradores estavam revoltados com o caso. Um carro da Polícia Militar com dois policiais passou o fim de semana na porta do condomínio. Segundo Cunha, isso acontece sempre que ele está no Rio. "É prerrogativa do cargo (de presidente da Câmara) a segurança que colocam à disposição", afirmou.

Morador de um condomínio vizinho, o administrador de empresas Cláudio Aguiar protestou: "E ainda fica um carro da polícia na porta desse sujeito. Na rua a gente não tem segurança. Eu pago meus impostos., não estou em dívida com minhas obrigações. Falar que é evangélico, cristão e fazer o que ele faz? É um absurdo. Ele tem contas na Suíça, passaporte diplomático e diz que não é dele? Então passa o dinheiro para a minha conta e dos brasileiros que não aguentam mais isso. Gastou uma fortuna de cartão de crédito. É uma vergonha. Era para ter 200 mil pessoas aqui protestando", disse.

Por causa da presença da imprensa, muitos moradores da região procuravam saber quem era o "famoso" que vive ali. Uma mulher moradora de um condomínio próximo pediu à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que olhasse seu carro enquanto ela ia ao mercado.

"Tem tido muito roubo de carro na rua. Aqui tem ladrão dentro e fora dos condomínios", disse a vizinha, sem se identificar. Outra reprovou a presença da reportagem. "Que absurdo ficar vigiando a vida dos outros", reclamou.

Por mensagem, Cunha disse que só se manifestaria em nota oficial ou em entrevista convocada previamente. "Se tiver que falar algo, chamarei em local apropriado e falarei. Mas jamais na porta da minha casa. Isso é constrangedor e absurdo", reclamou o presidente da Câmara. Ele recusou pedido de entrevista feito pela reportagem.

Cunha chegou ao Rio na tarde de sexta feira (16) e disse que volta a Brasília na tarde de segunda-feira.

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