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Maduro anuncia limpeza do sistema policial venezuelano

País segue assolado pela violência, semanas depois do assassinato do deputado chavista Robert Serra


	O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, é visto durante cerimônia em Caracas: presidente anunciou reformas no sistema policial
 (Leo Ramirez/AFP)

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, é visto durante cerimônia em Caracas: presidente anunciou reformas no sistema policial (Leo Ramirez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 15h50.

Caracas - O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou a criação de uma comissão para realizar uma "profunda limpeza do sistema policial" em um país assolado pela violência, semanas depois do assassinato do deputado chavista Robert Serra.

"Formarei uma comissão presidencial para a transformação de nossos corpos policiais na Venezuela e para a formação de um novo sistema policial nessa nova etapa", disse Maduro na noite de segunda-feira durante a posse da nova ministra do Interior e da Justiça, Carmen Meléndez, ex-ministra da Defesa.

Devem "ser tomadas ações para corrigir tudo o que está errado no sistema policial venezuelano, limpá-lo profundamente", acrescentou Maduro sobre o que chamou de "revolução policial".

Em sua opinião, também existem "máfias" que devem "ser detectadas" e que estariam envolvidas na morte do deputado Robert Serra que, segundo sugeriu Maduro, foi tramada por "pequenos grupos que acabam agindo em troca de pagamento". Ele se referiu, em particular, a membros detidos pela polícia municipal de Caracas, administrada pelos governistas há mais de uma década.

O anúncio também foi feito poucos dias depois da demissão do até então ministro do Interior e da Justiça, o major-general Miguel Rodríguez Torres, duramente criticado por grupos sociais pró-chavistas, ou "coletivos", depois da morte de vários de seus integrantes há poucas semanas em confrontos no centro de Caracas, que ainda não tiveram suas causas determinadas.

Esses coletivos - alguns deles armados - haviam exigido a renúncia de Torres e ameaçaram organizar um protesto pelas ruas do centro da capital venezuelana na semana passada.

A manifestação foi suspensa sem maiores explicações na véspera da destituição do major-general.

Com uma taxa de 53 mortes para cada 100 mil habitantes, a ONU considera a Venezuela o segundo país mais violento do mundo, atrás somente de Honduras, com 90,4 para cada 100 mil.

A maioria das vítimas e agressores é de jovens com idade entre 14 e 25 anos.

Segundo especialistas, a impunidade, que leva ao arquivamento de 82 em cada 100 casos de homicídio, é o principal incentivo aos criminosos na Venezuela.

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