Ricardo Galvão: pesquisador entrou no Inpe em 1970 e cumpriria mandato até 2020 (YouTube/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de agosto de 2019 às 08h58.
Última atualização em 7 de agosto de 2019 às 09h00.
São Paulo — O Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (7), formaliza a exoneração de Ricardo Galvão do cargo de diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O pesquisador esteve no centro da polêmica com o presidente Jair Bolsonaro sobre os dados que mostram alta do desmatamento da Amazônia e deixou a função no último dia 2.
Ricardo Galvão entrou no Inpe em 1970 e cumpriria mandato até 2020.
Ele sai da direção do instituto após duas semanas de intenso bombardeio por parte do governo às informações do instituto que mostram que desde maio os alertas de desmatamento da Amazônia dispararam, atingindo em julho o valor mais alto desde 2015 para um único mês.
De acordo com dados do Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (Deter) ferramenta do Inpe, a área desmatada da Amazônia em julho atingiu um total de 2.254 km, o que equivale a mais de um terço de todo o volume desmatado nos últimos 12 meses, entre agosto de 2018 e julho de 2019, período em que o volume total do desmatamento chegou a 6.833 km?.
A nomeação do substituto de Galvão ainda não foi publicada. Mas o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, a quem o Inpe é vinculado, anunciou que o coronel da reserva da Aeronáutica Darcton Policarpo Damião irá assumir o comando do órgão interinamente.
Pontes disse que Damião deve permanecer no cargo até que seja estabelecido um comitê para definir uma lista tríplice de indicações, de onde deve sair o nome do diretor efetivo. Ainda não há uma data para que isso ocorra.