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Walmart instala caixas eletrônicos para compra de bitcoin em suas lojas

Gigante do varejo optou por discrição na implementação de caixas eletrônicos de bitcoin em lojas dos EUA; 200 máquinas já estão em funcionamento, mas plano é chegar a 8.000

A empresa oferece bitcoin através de 200 quiosques em uma parceria com a empresa Coinme (Erin Clark/Getty Images)

Coindesk

Publicado em 22 de outubro de 2021 às 12h53.

Última atualização em 25 de outubro de 2021 às 11h24.

O Walmart, maior empresa do mundo em receita e 17ª maior em valor de mercado, está permitindo que seus clientes comprem bitcoin em dezenas de suas lojas nos EUA.

Os consumidores podem comprar a criptomoeda em máquinas da Coinstar instaladas dentro das lojas da varejista.

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-(Kevin Reynolds/Coindesk/Reprodução)

“A Coinstar, em parceria com a Coinme, lançou um projeto piloto que permite que seus clientes utilizem dinheiro em espécie para comprar bitcoin”, afirmou a diretora de comunicação do Walmart, Molly Blakeman. “Existem mais de 200 quiosques da Coinstar localizados dentro de lojas do Walmart em todo o país, que são parte desse projeto”.

A Coinstar é bem conhecida por permitir que seus clientes troquem moedas por dinheiro em papel ou cartões presente. A habilidade de comprar bitcoin acontece por conta da Coinme, uma carteira de criptomoedas e empresa de pagamento especializada em caixas eletrônicos de bitcoin (BTMs).

 

-(Kevin Reynolds/Coindesk/Reprodução)

Após inserir as notas dentro da máquina um vale em papel é emitido. Em seguida, é necessário configurar uma conta na Coinme e passar por uma avaliação no estilo “conheça seu cliente” (KYC) antes de trocar o vale. A máquina cobra uma taxa de 4% para a opção em bitcoin, mais outros 7% pela troca do dinheiro, de acordo com a página da Coinstar na internet.

O serviço foi testado com muito cuidado, considerando que no mês passado um comunicado de imprensa falso foi divulgado afirmando que a criptomoeda litecoin seria aceita como pagamento nas lojas do Walmart. Desta vez, a conexão entre a varejista e o bitcoin é real. Uma fonte com conhecimento sobre o projeto piloto afirmou que o problema sobre a litecoin fez com que o Walmart evitasse dar um comunicado de imprensa sobre os caixas eletrônicos.

A ascensão dos caixas eletrônicos de bitcoin

A indústria de caixas eletrônicos de criptomoedas está se expandindo rapidamente, em partes incentivada pela pandemia do coronavírus. A Coinstar anunciou em 2020 que tinha planos de dobrar sua frota de 3.500 BTMs da com a Coinme, por conta de um aumento significativo em seu uso.

Recentemente, a Coinstar, que começou a realizar serviços de compra de bitcoin com a Coinme no início de 2019, implementou 300 máquinas do tipo na Winn-Dixie, Fresco y Más, Harveys e outras lojas de conveniência na Flórida.

Mas o Walmart, visto há tempos como a rede de lojas mais importante para levar os serviços financeiros de criptomoedas à adoção popular, é apenas mais um passo à frente – mesmo os 200 quiosques do projeto piloto configuram uma pequena mudança para uma companhia com mais de 4.700 lojas e valor de mercado de 409 bilhões de dólares.

O potencial para os serviços financeiros em criptomoedas para usuários de baixa renda está muito próximo, considerando as conexões entre o Walmart, a Coinme e a MoneyGram, mas a varejista não deu mais detalhes sobre seus planos no mundo cripto.

Problemas de compliance

Enquanto a implementação em larga escala dos BTMs pode ser um presságio da adoção em massa, existem preocupações sobre lavagem de dinheiro, afirmou Seth Sattler, diretor de compliance da provedora de BTMs DigitalMint.

Isso porque alguns caixas eletrônicos de criptomoedas ignoram o fato de que acabam atraindo um nível relativamente alto de atividades ilícitas, afirmou Sattler. Isso inclui mulas de dinheiro, traficantes de pessoas e golpistas de diversos tipos.

Nos últimos 18 meses, a DigitalMint, que possui apenas 5% do total de volume de transações em BTMs, realizou o estorno de 5 milhões de dólares para vítimas de fraude, afirmou Sattler, que também é líder da Cryptocurrency Compliance Cooperative .

“Grandes varejistas precisam ter certeza que conhecem seus fornecedores antes de estabelecerem uma parceria, e o que essa organização está fazendo para gerir riscos”, afirmou Sattler.

Texto traduzido por Mariana Maria Silva e republicado com autorização daCoindesk

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