Future of Money

Tudo sobre automação no mercado financeiro: conheça os riscos e benefícios

A automação tem se tornado um pilar estratégico tanto no dia a dia das empresas quanto no setor bancário

illustration Geometric abstract background with connected line and dots,Futuristic digital background for Science and technology (Getty Images/Reprodução)

illustration Geometric abstract background with connected line and dots,Futuristic digital background for Science and technology (Getty Images/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 10 de novembro de 2024 às 10h00.

Tudo sobreFinanças
Saiba mais

Por Roberta Rosenburg*

A busca por eficiência e inovação coloca as empresas frente a grandes transformações tecnológicas, e nesse cenário, a automação tem papel de destaque. Entretanto, é importante entender como ela deve ser implementada, quais são os riscos e benefícios envolvidos, além de como garantir que as pessoas estejam no centro dessas mudanças.

No setor financeiro, em particular, os investimentos em automação estão fortemente direcionados para o aprimoramento da experiência do cliente e a eficiência operacional. Os bancos estão investindo em tecnologias que automatizam processos internos, como a análise de crédito, atendimento ao cliente e até mesmo transações financeiras. Isso não só melhora a qualidade dos serviços oferecidos, como também gera maior competitividade em um mercado cada vez mais digital.

Ao falar em automação, é natural que as pessoas tenham receios, especialmente quando o tema é a substituição de tarefas humanas por máquinas. Um dos principais desafios é garantir que as implementações de automação sejam claras, eficazes e, acima de tudo, que contem com o engajamento das pessoas.

Fatores a considerar

Para que a automação seja bem-sucedida, alguns fatores críticos devem ser levados em consideração:

1. Simples e intuitiva: A automação deve ser fácil de implementar e de utilizar. Se o processo automatizado for complexo demais, há o risco de desengajamento por parte dos funcionários. A simplicidade é o caminho para que a automação seja não só adotada, mas também mantida ao longo do tempo.

2. Engajamento das pessoas: As pessoas precisam sentir que fazem parte dessa transformação. A comunicação clara sobre os benefícios e as novas oportunidades que surgem com a automação é fundamental. É preciso desmistificar a ideia de que a automação leva à perda de empregos. Ao contrário, a automação libera os funcionários de tarefas repetitivas e permite que eles se concentrem em atividades de maior valor agregado, onde a criatividade e o julgamento humano são insubstituíveis.

3. Transformação liderada pelo CFO: Hoje, o CFO é visto como um agente de transformação dentro das empresas. Ele está envolvido em todas as áreas e processos, e sua visão estratégica é essencial para que as decisões de automação sejam integradas à estratégia de negócios da empresa. Ele desempenha um papel fundamental na priorização de quais processos devem ser automatizados e garante que o retorno sobre os investimentos em automação seja claro e mensurável.

Existem diversas ferramentas que podem auxiliar os bancos a automatizarem seus processos, cada uma com características e finalidades específicas. As mais comuns incluem o RPA (Robotic Process Automation), que permite a automação de tarefas repetitivas e baseadas em regras, como preenchimento de formulários, processamento de dados ou geração de relatórios. Um robô de RPA pode executar essas tarefas 24 horas por dia, sem erros, aumentando significativamente a eficiência.

Outra ferramenta é a Inteligência Artificial (IA), que está por trás de sistemas de análise de dados, assistentes virtuais e chatbots, que interagem com clientes de forma cada vez mais sofisticada. A IA também pode ser utilizada para prever tendências de mercado, analisar grandes volumes de dados financeiros e até mesmo auxiliar na tomada de decisões estratégicas dentro dos bancos.

Além disso, existem os formulários inteligentes, que facilitam a automação de processos internos, permitindo a captura e o processamento de informações de maneira mais eficiente. Esses formulários são especialmente úteis em áreas como recursos humanos, financeiro e atendimento ao cliente.

Ao decidir quais processos automatizar, é importante priorizar aqueles que trarão mais resultados para a instituição. Isso pode variar de acordo com o setor e a maturidade tecnológica de cada organização, mas a automação de tarefas rotineiras e repetitivas é um bom ponto de partida.

No entanto, mesmo com o avanço das tecnologias, é importante manter o foco nas pessoas. Elas são o coração da empresa e precisam ser capacitadas para usar as novas ferramentas de forma produtiva. Somente com engajamento e treinamento adequados, a automação poderá alcançar seu verdadeiro potencial.

A automação não é um fim, mas um meio para aumentar a eficiência e criar oportunidades. Quando bem implementada, ela simplifica o dia a dia, libera as pessoas para focarem em tarefas mais estratégicas e contribui para o crescimento da empresa. Com o apoio do CFO e uma abordagem que valorize a simplicidade e o engajamento, a automação é o motor de transformação.

*Roberta Rosenburg é CFO da Topaz, empresa de tecnologia especializada em soluções financeiras digitais do Grupo Stefanini. 

Uma nova era da economia digital está acontecendo bem diante dos seus olhos. Não perca tempo nem fique para trás: abra sua conta na Mynt e invista com o apoio de especialistas do BTG Pactual e a curadoria dos melhores criptoativos para você investir.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube Telegram | Tik Tok  

Acompanhe tudo sobre:TecnologiaFinançasInovação

Mais de Future of Money

Regras propostas pelo BC para cripto e câmbio dividem opiniões e podem "restringir" mercado

Como o uso de criptomoedas se tornou uma alternativa contra a variação cambial na América Latina

Surfando a alta das criptomoedas: quando realizar lucros?

Como o bitcoin mudou o patamar da MicroStrategy no mercado