Drex pode ser lançado até o início de 2025 (Getty Images/Reprodução)
Agência de notícias
Publicado em 11 de março de 2024 às 16h00.
A Serpro e o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) anunciaram uma parceria para criar novas tecnologias para o Drex, o projeto de moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês) atualmente em desenvolvimento no Brasil.
O Acordo de Cooperação Técnica foi assinado na última sexta-feira, 8, e as duas entidades já estão promovendo a integração de suas equipes de desenvolvimento e estudando cases. “É um divisor de águas: vamos aprender juntos, errar juntos, em um ambiente seguro e, ao final, inovarmos juntos” anunciou o presidente da Serpro, Alexandre Amorim.
“Temos mais de 2.300 desenvolvedores que possuem um conhecimento profundo das tecnologias envolvidas nesse acordo”, complementou Ariadne Fonseca, diretora de desenvolvimento da empresa pública, “a troca de experiências com o Banrisul vai trazer inovações que poderão ser lançadas logo após a regularização do Drex”, concluiu.
A previsão inicial de duração do ACT é de um ano. A primeira ação será a criação de uma rede conjunta entre a Serpro e o Banrisul, voltada para publicação de contratos em um ambiente de testes do que será futuramente usado pelo Drex.
A segunda fase será a de compartilhar, junto com as equipes de desenvolvimento do banco, conhecimentos relacionados a contratos inteligentes, uso de bases de dados e criação de aplicações. Além disso, haverá testes dos oráculos - que conectam dados dentro e fora de blockchains - desenvolvidos pela Serpro nas mesmas operações de transferência de valores que serão usadas no Drex.
Em um terceiro momento, a Serpro vai conhecer as aplicações do banco e avaliar a criação de soluções conjuntas envolvendo o projeto de criação da versão digital do real.
“Estamos vivendo um momento de disruptura no sistema financeiro brasileiro, como já demonstrou o Pix. A parceria com a Serpro é crucial para criarmos uma tecnologia de ponta, com o apoio da maior empresa pública de TI da América Latina” avaliou o presidente do Banrisul, Fernando Lemos.
Para especialistas, o Drex promete não apenas maior eficiência e segurança nas transações financeiras, mas também uma evolução significativa em termos de agilidade operacional, redução de custos e aprimoramento da privacidade. Atualmente, o projeto está em fase de testes com uma versão piloto e pode ser lançado até o início de 2025.
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