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Receita com mineração de bitcoin salta 50% e soma R$ 117 milhões em janeiro

Criptomoeda permanece bem posicionada para ter uma recuperação constante, o que favorece retomada da indústria

Alta do bitcoin ajuda a incentivar prática de mineração (Foto/Reprodução)

Alta do bitcoin ajuda a incentivar prática de mineração (Foto/Reprodução)

Cointelegraph Brasil

Cointelegraph Brasil

Publicado em 31 de janeiro de 2023 às 10h50.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2023 às 13h31.

Conforme o bitcoin engata um movimento de alta, o ecossistema de mineração da criptomoeda volta a ganhar força e a se recuperar após perdas no ano passado. No primeiro mês de 2023, os mineradores registraram um aumento de 50% em suas receitas ligadas às recompensas por cada bloco minerado e também pelas taxas das transações que validam.

Em 28 de dezembro de 2022, a receita de mineração caiu para US$ 13,6 milhões pela primeira vez desde outubro de 2020. Isso, juntamente com o aumento dos preços da energia em meio a tensões geopolíticas, impôs uma tremenda pressão financeira sobre as mineradoras, forçando algumas a encerrar suas operações.

Como o bitcoin continua bem posicionado para ter uma recuperação constante, a indústria de mineração testemunhou um crescimento de 50% em sua receita em dólares. O montante gerado pela mineração saltou de US$ 15,3 milhões (R$ 78,22 milhões, na cotação atual) em 1º de janeiro para quase US$ 23 milhões (R$ 117,8 milhões, na cotação atual) em 30 dias.

À medida que mais mineradores se juntam para sustentar e proteger a rede descentralizada da criptomoeda, a taxa de hash continua a atingir novos recordes históricos. Até o momento, a taxa de hash estava em cerca de 300 exahashes por segundo.

Uma das maiores críticas ao bitcoin continua sendo o alto gasto energético necessário para executar o mecanismo de consenso de prova de trabalho (proof-of-work, em inglês). Em outubro de 2022, a criptomoeda testemunhou um aumento anualizado de 41% no consumo de energia.

No entanto, um esforço para obter energia mais limpa para alimentar as instalações de mineração da criptomoeda busca resolver a situação. Uma empresa de mineração recentemente aproveitou uma fonte de energia ociosa no Malawi, um país sem litoral no sudeste da África.

O projeto — realizado pela Gridless — usa 50 quilowatts de energia ociosa para testar novas soluções de mineração de bitcoin. Além disso, a pegada ambiental da instalação de mineração de bitcoin é baixa, pois funciona exclusivamente a partir da energia hidrelétrica baseada em um rio.

Falando sobre o impacto geral da iniciativa, Erik Hersman, cofundador e CEO da Gridless, afirmou que “o provedor de energia construiu essas usinas há alguns anos, mas elas não conseguiram expandir para mais famílias porque são pouco lucrativas e, assim, não foram comprados mais medidores para conectar mais famílias à rede. Então, nosso acordo permitiu que eles comprassem imediatamente mais 200 medidores para conectar mais famílias".

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