Real Digital: BC aprova recursos de Mastercard, Elo e Caixa para participar de piloto
Consórcios haviam sido inicialmente rejeitados pela autarquia para participar do projeto, que contará agora com 16 propostas
Repórter do Future of Money
Publicado em 23 de junho de 2023 às 11h01.
Última atualização em 17 de julho de 2023 às 11h22.
O Banco Central anunciou na quinta-feira, 22, que aprovou dois recursos de consórcios de empresas que haviam sido inicialmente rejeitados para participar da fase de testes do piloto do Real Digital . Com isso, o número de propostas aceitas passa de 14 para 16, além da inclusão de empresas importantes em diferentes setores do mercado, como Mastercard, Mercado Bitcoin, Elo e Caixa Econômica Federal.
Um dos consórcios com recurso aprovado é formado pelaCaixa Econômica Federal, a Elo e a Microsoft. Com a aprovação, a Microsoft passa a fazer parte de quatro consórcios aceitos: a gigante de tecnologia também integra projetos com o Inter, o Banco Brasileiro de Crédito e o Banco ABC.
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Já o segundo consórcio aprovado é formado pela corretora de criptomoedas brasileiraMercado Bitcoin, a gigante de pagamentos Mastercard, a Genial Investimentos, a Sinqia e a CERC. Em entrevista à EXAME antes da aprovação, Roberto Dagnoni, CEO da 2TM, a holding do Mercado Bitcoin, afirmou que a proposta havia sido inicialmente rejeitada devido à falta de uma licença da exchange para operar como instituição financeira, que foi concedida pelo BC em dias depois.
Em comunicado sobre a aprovação do recurso, Fabricio Tota, Diretor de Novos Negócios do MB, destacou que o consórcio "eve participação ativa no projeto do Real Digital e sempre esteve próximo ao Banco Central em suas ações ativas e inovadoras sobre o uso de tecnologia. Além disso, temos a autorização para atuar com Instituição de Pagamento (IP), que nos leva a ser regulados por eles e nos aproxima ainda mais".
Os critérios considerados pelo Banco Central para aprovação no piloto incluíram "histórico de testes em projetos de tecnologia da informação (TI) coordenados pelo Banco Central do Brasil no âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) ou do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)", incluindo o Pix e o Open Finance , e a experiência com operações ou pesquisas em DLTs , como a que será usada para desenvolver a moeda digital.
Confira a lista dos participantes por projeto:
- Bradesco, Nuclea e Setl
- Nubank
- Banco Inter, Microsoft e 7Comm
- Santander, Santander Asset Management, F1RST e Toro CTVM
- Itaú Unibanco
- Basa, TecBan, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD, AWS e Parfin
- Caixa, Elo e Microsoft
- SFCoop: Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred
- XP, Visa
- Banco BV
- Banco BTG
- Banco ABC, Hamsa, LoopiPay e Microsoft
- Banco B3, B3 e B3 Digitas
- Consórcio ABBC (Banco Brasileiro de Crédito, Banco Ribeirão Preto, Original, Banco ABC, BS2 e PagBank), BBChain, Microsoft e BIP;
- MBPay, Cerc, Sinqia, Mastercard e Banco Genial;
- Banco do Brasil
Quando o Real Digital vai ser lançado?
A previsão atual do Banco Central é que o Real Digital seja lançado para toda a população até o fim de 2024. Até lá, ele passará pela fase de testes com seu piloto, com o objeto de criar, desenvolver e testar toda a infraestrutura para o seu funcionamento, além de garantir aspectos como privacidade e segurança. O piloto testará um caso de uso específico: a transação de um título do Tesouro tokenizado entre clientes de instituições bancárias diferentes
De acordo com a autarquia, os participantes selecionados serão integrados à plataforma de testes até o fim de junho deste ano, quando poderão então iniciar suas operações. A expectativa é que a fase de piloto termine até o fim do primeiro semestre do próximo ano, ajudando a criar e testar a infraestrutura do Real Digital, com foco em garantir sua segurança
Em um evento recente, o Banco Central também divulgou diversos possíveis casos de uso para o Real Digital que foram estudados e propostos na primeira fase do seu desenvolvimento, como parte do LIFT Challenge. O Real Digital é uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês) e está entre as mais avançadas do mundo .
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