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Para o JPMorgan, bitcoin tem potencial para chegar a US$ 45 mil

Analistas do banco destacaram que, caso a criptomoeda fosse realmente intercambiável com o ouro, seu preço poderia estar maior

JPMorgan afirma que bitcoin ainda não se comporta como reserva de valor (Reprodução/Reprodução)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 26 de maio de 2023 às 12h14.

Analistas do banco JPMorgan divulgaram um relatório na última quarta-feira, 24, em que afirmam que o bitcoin possui potencial para voltar a subir e chegar a um preço na casa dos US$ 45 mil. Atualmente, a criptomoeda enfrenta um período de lateralização, variando entre US$ 26 mil e US$ 29 mil há semanas.

Em um relatório do banco, analistas afirmaram que, caso a criptomoeda realmente se torne intercambiável em relação ao ouro , ela poderia acompanhar o recente movimento de valorização do ativo. Para muitos entusiastas do mundo cripto, o bitcoin seria um "ouro digital", com potencial para se tornar uma reserva de valor alternativa ao minério.

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Atualmente, o ouro possui um preço de cerca de US$ 2 mil a onça, o que significa que o bitcoin deveria estar cotado a um preço de US$ 45 mil se ele também se comportasse totalmente como uma reserva de valor, segundo os cálculos do banco. Considerando a cotação atual da criptomoeda, ela está quase 70% abaixo desse valor.

Nesse sentido, o JPMorgan avalia que a tese de que o bitcoin seria uma reserva de valor ainda "falha em convencer" uma parte relevante do mercado. Um dos motivos para isso é que a criptomoeda existe há 14 anos, enquanto o ouro é usado como reserva de valor há séculos.

Por isso, os analistas apontam que a maioria dos investidores institucionais preferem continuar usando o ouro como reserva de valor, por mais que a criptomoeda tenha atraído investidores de varejo que buscam proteger seu patrimônio, em especial após a falência de bancos nos Estados Unidos .

Preço do bitcoin vai subir?

Na visão dos analistas do JPMorgan, outro evento importante pode ajudar na valorização do bitcoin: o halving . O termo se refere a um evento que ocorre aproximadamente a cada quatro anos, com uma redução pela metade da quantidade da criptomoeda que é gerada no processo de mineração.

Tradicionalmente, halvings costumam levar a uma forte valorização da criptomoeda e antecedem ciclos de alta. O principal motivo é que ele gera uma redução no incremento de oferta do ativo, mas a demanda segue constante e até sobe, o que então leva a uma alta nos preços.

A expectativa atual é que o próximo halving ocorra entre abril e maio de 2024. Até lá, porém, os analistas do banco não apostam em grandes valorizações do bitcoin, citando uma combinação negativa de "repressão regulatória nos EUA, os problemas nas redes bancárias para o ecossistema cripto e a reverberação da falência da FTX no ano passado", o que "limita o potencial de valorização" no curto prazo.

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