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O ano em que cripto tornou-se sinônimo de infraestrutura financeira

2025 é o ano em que o mercado cripto deixou de ser exceção e virou parte da economia brasileira

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 24 de dezembro de 2025 às 10h00.

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Por Guilherme Sacamone*

O ano de 2025 pode ser lembrado como o ponto de virada que consolidou os criptoativos como parte estrutural da economia brasileira. Entre julho de 2024 e junho de 2025, o país movimentou cerca de US$ 318,8 bilhões em cripto, um avanço de 109,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo levantamento divulgado pela Chainalysis.

O mercado deixou de ser dominado apenas por perfis altamente especializados e passou a integrar o cotidiano de investidores, empresas, consumidores e até mesmo viajantes em busca de alternativas mais eficientes para lidar com volatilidade, custos, taxas e barreiras do sistema financeiro tradicional.

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As protagonistas desta narrativa, sem dúvidas, foram as stablecoins. Atualmente, essas moedas digitais representam mais de 90% de todas as transações de cripto no Brasil, com destaque para as referenciadas em dólar, usadas tanto para proteção cambial quanto para pagamentos internacionais.

O fenômeno é explicado por dois fatores: uma preferência crescente dos brasileiros por instrumentos de estabilidade e liquidez, e uma conjuntura econômica que estimula a busca por ativos menos expostos à volatilidade doméstica. Em 2025, o volume transacionado em stablecoins no país cresceu mais de R$ 21 bilhões, reforçando sua adoção em larga escala.

O avanço também teve sua amplificação reafirmada pelo ambiente regulatório brasileiro. O Banco Central, que conduziu consultas públicas amplas e transparentes para construir um marco regulatório robusto para o setor, buscou trazer clareza, padronização e segurança jurídica para empresas e consumidores durante o ano de 2025.

Ao mesmo tempo, debates sobre IOF e tributação trouxeram instabilidade ao mercado, reacendendo discussões sobre como equilibrar inovação, arrecadação e competitividade internacional. Mesmo com esse ruído, o Brasil encerra o ano mais próximo de uma estrutura regulatória alinhada às práticas globais, com capacidade para atrair investimentos e estimular o desenvolvimento tecnológico no país.

Porém, a mudança de comportamento do usuário é o sinal mais importante do amadurecimento do setor. Em 2025, os criptoativos, com destaque para as stablecoins, começaram a ser amplamente utilizados como instrumentos práticos de uso diário, tanto para pagamentos internacionais, como para operações comerciais que exigem previsibilidade e liquidez.

Durante o ano, vimos novas soluções de pagamento atreladas ao dólar que trouxeram maior eficiência para as pessoas... Também passamos por cartões globais com pagamento em cripto, que, com alta adesão do público. O uso das stablecoins do dia a dia amplia o potencial de inclusão financeira, reduz custos operacionais e cria novas oportunidades para pequenas e médias empresas que até então não tinham acesso a soluções globais eficientes.

Olhando para 2026, o Brasil tem a oportunidade de consolidar esse posicionamento. A combinação de tecnologia amadurecida, regulação mais clara e demanda crescente por soluções financeiras digitais cria um cenário em que os ativos digitais podem finalmente deixar de ser uma alternativa e se tornar infraestrutura financeira de fato.

No entanto, o país deve equilibrar inovação com estabilidade regulatória, evitando reviravoltas tributárias e fortalecendo o diálogo técnico com o setor. Dessa forma, podemos liderar a próxima fase da transformação financeira na América Latina.

*Guilherme Sacamone é um líder com quase uma década de experiência nos setores bancário e de criptomoedas. Antes de ingressar na OKX em 2023 como Country Manager no Brasil, atuou no Crypto.com, Facebook e PicPay. Desde que chegou à OKX, é responsável pelo desenvolvimento de negócios, localização de produtos, expansão da base de usuários e relações regulatórias no país.

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