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Moss repassa R$ 100 mi para preservação da Amazônia com uso de blockchain

Empresa brasileira pioneira na tokenização de créditos de carbono registra crescimento acelerado e total repassado para projetos de preservação da Amazônia supera R$ 100 milhões

Moss utiliza tecnologia blockchain para compensar emissão de carbono com projetos de sustentabilidade na Amazônia (Silvestre Garcia - IntuitivoFilms/Getty Images)
GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 9 de novembro de 2021 às 12h53.

A brasileira Moss, líder global na comercialização de créditos de carbono em blockchain, alcançou a marca de 100 milhões de reais destinados para projetos de sustentabilidade e preservação envolvendo a floresta amazônica. O valor repassado vem do token MCO2, criado pela empresa como uma representação, em blockchain, de um crédito de carbono.

Quando um token MCO2, é "queimado" na plataforma da empresa por seu proprietário - seja uma empresa ou pessoa física - a Moss garante a compensação de uma tonelada de emissões de carbono. Além disso, a venda primária dos tokens pela Moss também gera uma receita destinada aos projetos de preservação ambiental. Os tokens MCO2 circulam na rede Ethereum.

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Como oferece uma maneira simples, rápida, segura e eficiente de transacionar créditos de carbono, a Moss tem registrado crescimento acelerado e parcerias com marcas famosas. Segundo a a empresa, crescimento mensal foi de três dígitos ao longo de 2021. Além disso, a Moss já soma mais de 200 parceiros, incluindo grandes empresas como GOL Linhas Aéreas, C6 Bank, iFood, AMARO, PagSeguro PagBank, Hering, entre outros, focados em atender requisitos de ESG e demandas por redução de impacto ambiental.

“A demanda corporativa e da sociedade para compensação de emissões explodiu neste ano, à medida que as mudanças climáticas se tornam cada vez mais claras em nossas rotinas”, disse Luis Adaime, CEO e fundador da Moss. “Acreditamos que o nosso DNA em blockchain e de tecnologia nos dá uma vantagem competitiva global para que nos tornemos a empresa líder em serviços ambientais em um setor que sempre foi analógico e manual”.

Com a intenção de democratizar o acesso ao crédito de carbono e aumentar a consciência ambiental na sociedade, pessoas físicas também podem comprar e fazer sua compensação por meio de ações dos parceiros da Moss como a GOL Linhas Aéreas que oferece aos seus passageiros a possibilidade de compensar as emissões das viagens desde o dia 5 de junho de 2021. Assim, os clientes da GOL podem voluntariamente compensar a emissão de carbono de seus voos. A compensação em voos nacionais e internacionais é realizada por meio do MCO2, e tem um custo relativamente baixo para os passageiros: no trecho São Paulo-Rio de Janeiro, por exemplo, de R$ 2,38; em trajeto mais longo, como de Porto Alegre a Manaus, R$ 20,43.

A ideia de vincular créditos de carbono à tecnologia blockchain garante o rastreamento digital dos projetos que fazem parte do mecanismo REDD e REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal somado à conservação do território) bneficiados pela Moss, além da integridade sobre o processo de compensação das emissões geradas pelos processos produtivos.

Parceira da Moss, a Fazenda Fortaleza Ituxi, por exemplo, que emprega 150 moradores em atividades como manejo sustentável da floresta e gera mais de mil empregos indiretos em atividades de extrativismo como produção de castanha, açaí, óleo de copaíba e babaçu, foi a escolhida pela Hering, que conseguiu antecipar em dois anos a sua meta de neutralização das emissões de gases de efeito estufa e tornar-se uma empresa carbono neutro. Com a compra de 40 mil créditos de carbono, a Hering vai ajudar, só em 2021, na preservação de uma área equivalente a 23 mil campos de futebol ou cerca de 9,8 milhões de árvores conservadas na floresta.

Além da tokenização dos créditos de carbono, a Moss pretende se beneficiar de outros setores do universo relacionado à tecnologia blockchain. Em breve, a empresa pretende lançar o "NFT da Amazônia", que também tem como objetivo o desenvolvimento de uma economia sustentável e a preservação da floresta amazônica. O token não-fungível está sendo desenvolvido em parceria com a plataforma OnePercent.

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