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MicroStrategy chega a US$ 45 bilhões em bitcoin com nova compra após entrada no Nasdaq 100

Maior detentora institucional do bitcoin manteve aquisições do ativo mesmo com sequência de recordes de preço

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 16 de dezembro de 2024 às 14h48.

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A MicroStrategy anunciou nesta segunda-feira, 16, que realizou uma nova aquisição de unidades de bitcoin. Com a compra, a empresa de software superou a casa dos US$ 45 bilhões (R$ 273 bilhões, na cotação atual) em unidades da criptomoeda, reforçando a sua posição como a maior detentora institucional do ativo digital.

De acordo com a empresa, foram adquiridas 15,3 mil unidades do ativo por um valor total de US$ 1,5 bilhão (R$ 9,12 bilhões, na cotação atual). O preço médio de aquisição foi de US$ 100,3 mil por unidade da criptomoeda. A compra foi financiada pela venda de ações da companhia.

A nova compra elevou o preço-média de aquisição por unidade de bitcoin para US$ 61.725, refletindo a decisão da MicroStrategy de manter os investimentos no ativo mesmo em um ciclo de alta da criptomoeda, que tem firmado uma sequência de recordes e superou os US$ 100 mil.

Mesmo assim, o preço médio indica que a MicroStrategy ainda está com lucro com as operações. A estimativa é que a empresa de software tenha uma margem de lucro de cerca de US$ 20 bilhões, considerando a diferença entre o valor investido e das unidades sob custódia.

Informações divulgadas pela própria MicroStrategy apontam que a empresa ainda tem US$ 7,65 bilhões provenientes das vendas de ações e que deverão ser usados para realizar novas aquisições de bitcoin. Há, ainda, US$ 15 bilhões gerados por uma oferta de notas conversíveis.

A nova compra de criptomoedas ocorreu pouco depois da empresa ter sido oficialmente incluída no índice Nasdaq 100, que reúne as 100 companhais mais valiosas da bolsa de valores especializada em papéis de tecnologia nos Estados Unidos. A MicroStrategy entrará no índice em 23 de dezembro.

A estratégia de comprar bitcoin e usá-lo como reserva patrimonial teve início em 2020, criada pelo então CEO da companhia, Michael Saylor. A ideia chegou a ser criticada por especialistas e vista com dúvida no mercado com relação à sua eficácia.

Desde então, porém, a alta lucratividade e a capacidade de atrair investidores interessados em uma exposição indireta à criptomoeda validaram o plano. Apenas em 2024, as ações da MicroStrategy valorizaram mais de 540%, chegando ao seu maior valor da história.

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