Bitcoin disparou mais de 50% nos primeiros meses de 2024 (Reprodução/Reprodução)
Repórter do Future of Money
Publicado em 5 de março de 2024 às 15h56.
Última atualização em 5 de março de 2024 às 17h27.
O mercado de criptomoedas comemora nesta terça-feira, 5, o novo recorde de preço do bitcoin. O ativo superou a casa de US$ 69 mil pela primeira vez na história, estabelecendo uma máxima histórica nova de US$ 69,1 mil, em meio a uma disparada de mais de 50% nos primeiros meses de 2024.
Para Kris Marszalek, CEO da corretora Crypto.com, o novo recorde é um "marco incrível para nossa indústria e gratificante para aqueles que acreditaram na indústria e confiaram em nossa plataforma. Estávamos antecipando esse momento e construindo estrategicamente para isso na Crypto.com".
"Já houve mercados de baixa e mercados de alta antes em nossa indústria, mas a recente aprovação dos ETFs de bitcoin nos Estados Unidos e a maturação das regulamentações criptográficas em quase todos os mercados globalmente tornam essa nova era emocionante para todos os envolvidos. Importante ressaltar que isso ainda é apenas o começo", diz o executivo.
Hong Fang, presidente da OKX, opina que "cada vez que o bitcoin foi considerado morto, ele retornou mais forte. Muitos fatores estão impulsionando o último recorde histórico, incluindo a recente aprovação do ETF, o próximo halving e a antecipação dos cortes nas taxas do Fed".
"Enquanto o mercado se maravilha com o aumento de 60% do bitcoin até o momento este ano, não devemos esquecer o que está por trás de sua resiliência ao longo dos ciclos: o bitcoin tem um propósito. É, sem dúvida, a única moeda digital que maximiza a transparência e o controle para os indivíduos. Com o tempo, o mercado validará o bitcoin como uma tecnologia que possibilita a liberdade financeira", projeta a executiva.
Para Fábio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase, a nova máxima é um "reflexo principalmente do aumento da demanda por esse ativo – impulsionado pela injeção de capital institucional proporcionada pela aprovação dos ETFs à vista – além da expectativa de queda nas taxas de juros globais e em relação ao halving".
"Essas variáveis são tendências positivas para o setor, mas é difícil prever o comportamento do mercado para os próximos meses", alerta. Guilherme Sacamone, gerente-geral da OKX no Brasil pontua que o recorde é um "testemunho da incrível resiliência e potencial de longo prazo deste ativo revolucionário. O investimento institucional está aumentando, os casos de uso estão se expandindo rapidamente e a conscientização do consumidor está crescendo a cada dia".
Na visão dele, o cenário é "extremamente positivo para o mercado de criptomoedas em expansão no Brasil, onde estamos vendo um interesse e adoção tremendos. À medida que mais brasileiros aproveitam a oportunidade de alcançar maior liberdade financeira e inclusão por meio das criptomoedas, acredito que este seja apenas o início de uma história de crescimento sustentado".
João Marco Cunha, diretor de gestão da Hashdex, vê o novo preço recorde como um "marco importante" no setor. Ele ressalta que o grande catalisador para a alta foi a aprovação dos ETFs, mas "muita coisa aconteceu na rede desde a máxima anterior, em novembro de 2021.".
"O hash rate, que é uma boa medida do nível de segurança da rede, mais que triplicou. A capacidade de transações na rede Lightening, solução para, entre outras coisas, facilitar pagamentos em bitcoins, quase dobrou. Além disso, foram implementados upgrades importantes que, entre outras coisas, permitiram a emissão de tokens na rede, como stablecoins e Ordinals", explica.
"Portanto, é correto afirmar que o bitcoin chega a essa nova máxima histórica melhor do que era no ciclo anterior. Ainda temos halving se aproximando, evento que, historicamente, sempre teve impacto positivo sobre o preço do bitcoin. As perspectivas não poderiam ser melhores", avalia.
Sebastián Serrano, CEO e cofundador da Ripio, diz que o recorde "confirma o que vem sendo sentido desde 2023: uma forte recuperação de todo o setor e o início de um novo ciclo de alta impulsionado por alguns motivos específicos de sua tecnologia - o halving e sua relação com a oferta limitada de bitcoin - bem como outros relacionados a seu marco regulatório - a aprovação de ETFs de BTC à vista nos Estados Unidos, que ocorreu no início de janeiro de 2024 - e seus altos e baixos comerciais, com o interesse cada vez mais acelerado de empresas, Estados e indivíduos".
"Este é, sem dúvida, um ano histórico para o bitcoin e para todo o ecossistema cripto", reforça o executivo.
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