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Investidores que apostavam contra alta do bitcoin perdem R$ 800 milhões em dois dias

Maior criptomoeda do mercado valorizou mais de 150% ao longo de 2023 e chegou ao maior preço do ano com alta nos últimos dias

Bitcoin valorizou mais de 150% em 2023 (Reprodução/Reprodução)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 6 de dezembro de 2023 às 11h58.

O bitcoin disparou nos últimas dias e ultrapassou a casa dos US$ 43 mil, chegando ao seu maior preço em 2023. Entretanto, nem todos os investidores estão sendo beneficiados pela alta da criptomoeda . Dados da plataforma CoinGlass apontam perdas que chegam à casa dos US$ 170 milhões (cerca de R$ 830 milhões, na cotação atual).

O prejuízo está ligado a um grupo de investidores que "apostou" contra a alta da criptomoeda. A operação, conhecida no mercado como "short", envolve a negociação de contratos futuros de preço do ativo. Na prática, esses investidores aportaram capital em contratos que determinavam que o ativo não chegaria a uma determinada faixa de preço até um certo período de tempo.

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Na última segunda-feira, 4, esses investidores perderam cerca de US$ 70 milhões na liquidação desses contratos. Já na última terça-feira, 5, as perdas ultrapassaram a casa dos US$ 90 milhões, segundo dados divulgados pela CoinGlass.

As liquidações dos contratos ocorrem quando os investidores atingem uma perda parcial ou total do valor aportado e deixar de ter os fundos necessários para manter aquele contrato aberto. Em geral, liquidações dessa magnitude ocorrem após movimentações significativas de preço.

Os dados da CoinGlass indicam ainda que a maioria das liquidações ocorreram nas corretoras de criptomoedas Binance, OKX e Huobi. Além disso, o volume negociado de bitcoin na última semana subiu 25%, reforçando o otimismo do mercado em relação ao ativo.

Por que o bitcoin está subindo?

Há alguns meses o bitcoin vem em uma escalada de alta através do otimismo renovado de investidores após a solicitação da BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, para um ETF de bitcoin à vista nos EUA. Desde então, uma série de notícias e fatores macroeconômicos vem impulsionando o preço da maior criptomoeda do mundo para cima.

Segundo João Galhardo, analista de research da Mynt, plataforma de criptoativos do BTG Pactual, o bitcoin “segue sua tendência de alta fomentada pela perspectiva de um 2024 promissor para o mercado cripto, com potenciais ETFs à vista na bolsa norte-americana e um cenário macroeconômico benéfico para ativos de risco”.

“Os investidores parecem estar percebendo seus níveis de subexposição ao mercado das criptomoedas, corrigindo isso com aquisições que têm elevado os preços”, comentou Galhardo à EXAME, acrescentando que “a recente alta resultou na liquidação de mais de US$ 50 milhões em contratos futuros com posições short, desenvolvimento que desencadeou um efeito cascata, ampliando a escalada dos preços devido ao aumento da pressão compradora diretamente ocasionada pelas liquidações”.

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