Fintechs de criptoativos chegam ao Brasil e querem mudar mercado no país
Easy Crypto e Mercuryo desembarcam no Brasil para oferecer novas opções de investimento e pagamentos em criptomoedas
Cointelegraph Brasil
Publicado em 3 de setembro de 2021 às 12h06.
Última atualização em 3 de setembro de 2021 às 15h05.
Duas fintechs internacionais ligadas ao setor de criptoativos anunciaram nesta semana que desembarcarão em breve no Brasil e prometem movimentar o setor no país.
A primeira é a Easy Crypto, maior exchange da Nova Zelândia, que está em expansão e chega ao país no dia 7 de setembro, depois de marcar presença também na Austrália, Nigéria e África do Sul. Fundada no início de 2018, na Nova Zelândia, a Easy Crypto passou por um extenso período de testes no Brasil antes de anunciar o início das suas operações.
André Sprone, Diretor da Easy Crypto Brasil falou sobre a importância do país no cenário cripto: “Praticamente todas as exchanges internacionais têm seus olhos no Brasil de alguma forma. É um mercado gigantesco e ainda pouco explorado. Muitos brasileiros ainda desconhecem os criptoativos, mas esse cenário está mudando rapidamente”.
André afirma que a intenção com a Easy Crypto Brasil é assumir que o mercado brasileiro é bastante diferente, e que é necessário que uma empresa internacional se adapte às demandas locais.
“O mercado brasileiro é muito específico, então não podemos replicar aqui o modelo que usamos em outros lugares. Hábitos e tecnologias locais, como o próprio PIX, por exemplo, mudam completamente como devemos atender os clientes para oferecer a melhor experiência possível. Ter um time local que vive o dia a dia do Brasil é muito importante. Nos preparamos para mostrar que, apesar das origens internacionais, o compromisso da Easy Crypto Brasil é com os Brasileiros”.
A Easy Crypto chega para rivalizar com gigantes do setor que já estão estabelecidas há algum tempo no país, como o Mercado Bitcoin, o primeiro unicórnio do setor de criptomoedas do Brasil. Outras concorrentes são as chinesas Binance e NovaDAX, a mexicana Bitso e as brasileiras BitcoinTrade e Foxbit, entre muitas outras. Com mais concorrência no mercado, a tendência é que os consumidores brasileiros sejam beneficiados.
Soluções de pagamento
Além das exchanges, empresas de soluções de pagamentos estão chegando no ecossistema de criptoativos brasileiro. É o caso da Mercuryo, que chega ao Brasil com solução de câmbio para criptomoedas. Com o foco principal no setor B2B, a ferramenta se integra diretamente ao site ou aplicativo das empresas.
O Brasil vai representar o início das operações da Mercuryo na América Latina. A companhia global de infraestrutura de pagamentos chega ao país para oferecer soluções de transferência de moeda corrente para criptomoedas às empresas locais.
As ferramentas da Mercuryo para o mercado de criptomoedas permitem aos negócios integrar o “widget” de maneira simples, proporcionando aos clientes comprar cripto com moeda corrente, assim como vender cripto e receber a moeda de interesse, incluindo o Real.
O aplicativo possibilita ainda que as empresas brasileiras trabalhem com criptomoedas como forma de pagamento por seus produtos e serviços. Essa simples solução “plug and play” pode ser adaptada para que o negócio receba tanto as criptos como a moeda corrente.
A empresa diz que hoje já são mais de 1,4 milhão de usuários em todo o mundo utilizando os produtos B2C e B2B2C, por meio de mais de 200 parceiros B2B, que empregam as soluções Mercuryo.
A escolha do Brasil não é à toa. Os países latino-americanos estão entre os 20 maiores em termos de adoção de moedas digitais em 2021. E o Brasil, especificamente, é um grande mercado, com cerca de 700 empresas de criptomoedas.
Petr Kozyakov, cofundador e CEO da Mercuryo disse: “As fintechs latino-americanas estão em ebulição e o Brasil é particularmente um mercado que vale a pena investir. Os bancos brasileiros têm uma das maiores margens de lucro do mundo. Como uma solução que une os universos das moedas oficiais e digitais, a Mercuryo enxerga que esse é o momento ideal para entrar no país”.
por Cointelegraph Brasil
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