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“Estamos no melhor momento para acumular bitcoin”, diz especialista após decisão rara do Fed

Especialistas em criptomoedas revelam otimismo após corte raro de 0,50% na taxa de juros dos EUA em data conhecida como “Superquarta”

 (Reprodução/Reprodução)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 19 de setembro de 2024 às 11h31.

Última atualização em 19 de setembro de 2024 às 11h37.

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Na última quarta-feira, 18, o Federal Reserve e o Banco Central do Brasil anunciaram suas decisões de política monetária em uma data conhecida como “superquarta”. Embora dentro das expectativas de especialistas, o corte de 0,50% na taxa de juros norte-americana surpreende por não acontecer desde a pandemia de Covid-19. Após a divulgação da autarquia, o mercado de criptomoedas reagiu com um forte aumento na volatilidade.

O bitcoin, principal criptomoeda do setor, chegou a disparar para mais de US$ 61 mil no momento da decisão, recuar para US$ 60 mil e voltar a disparar no final do dia. No momento, a principal criptomoeda já acumula alta de 6,2%, cotada a US$ 63.172 de acordo com dados do CoinMarketCap.

De acordo com Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, o bitcoin enfrentou uma volatilidade de 3,6% durante a divulgação do Fed. Anteriormente, especialistas haviam recomendado cautela e que investidores “evitassem posições alavancadas” nesta semana.

“Temos que continuar de olho nos dados de mercado de trabalho nos EUA nos próximos meses, mas o Fed tem conseguido passar a mensagem de que vai conduzir a economia para um ‘soft landing’. Boa parte do mercado espera que não vamos entrar em recessão e a economia vai desacelerar aos poucos, mas controlando essa inflação que vinha incomodando já há alguns anos”, disse Matheus Parizotto, analista de research da Mynt, plataforma de criptoativos do BTG Pactual.

“Isso é muito importante para o mercado cripto ganhar um pouco mais de confiança e tração”, acrescentou Lucas Josa, especialista de criptoativos do BTG Pactual.

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Bitcoin vai disparar?

A decisão mais recente do Fed com o raro corte de 0,50% na taxa de juros dos EUA foi vista com otimismo por muitos especialistas do setor. A recente alta no preço do criptoativo pode ser um reflexo de tal otimismo. No entanto, a criptomoeda ainda depende de outros fatores para disparar e até mesmo atingir uma nova máxima histórica.

“Para o bitcoin ter uma nova máxima histórica, para mim é bem importante que ele ultrapasse a região de US$ 63.500 e US$ 63.700. Se isso acontecer, acho que temos uma chance muito grande do preço do bitcoin chegar em US$ 74 ou 75 mil de forma muito rápida, porque agora vamos entrar em um período de injeção de liquidez na economia como um todo”, disse Lucas Josa.

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“O investidor deve ter em mente que um próximo ralli de alta está muito próximo de acontecer, impulsionado por alguns catalisadores econômicos e tecnológicos ligados ao bitcoin”, disse Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio.

“O bitcoin é um ativo com enormes chances de valorização, por isso, a atenção do investidor deve estar na estratégia de longo prazo. Estamos no melhor momento para acumular Bitcoin para um horizonte de 4 a 5 anos”, acrescentou.

Como se preparar?

“Diante do cenário atual, o investidor pode se posicionar de duas formas. A primeira, diz respeito a ter paciência no momento das notícias e da grande volatilidade no mercado. Não é necessário se expor aos riscos desnecessários, nem ser prejudicado pela alta volatilidade”, disse Ana de Mattos.

“O melhor neste momento é aguardar passar o período de alta volatilidade ao qual o mercado está sujeito. Como sempre, gerenciamento de risco e caixa de oportunidade podem salvar qualquer investidor em tempos de incertezas”, acrescentou a especialista.

“A segunda, é sobre buscar oportunidades de longo prazo com o bitcoin e outras criptos consolidadas, tendo em mente que o momento de agir é justamente quando os preços estão em baixa. Por mais que no curto prazo, o bitcoin possa fazer mais correções e sofrer quedas, no longo prazo, a tendência ainda é de alta”, concluiu.

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