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Empresa vai usar gás gerado em extração de petróleo para minerar criptomoedas

Petroleira argentina Tecpetrol anunciou projeto como uma forma de evitar desperdício de fonte de energia

Mineração do bitcoin faz parte do mecanismo de prova de trabalho da rede (Reprodução/Reprodução)

Mineração do bitcoin faz parte do mecanismo de prova de trabalho da rede (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 26 de setembro de 2023 às 15h05.

A empresa petroleira Tecpetrol, uma das maiores do setor na Argentina, anunciou nesta semana que vai colocar em prática até novembro um plano de aproveitamento de "hidrocarbonetos não convencionais" como fonte de energia para a realização de mineração de criptomoedas.

Segundo a empresa, a ideia é aproveitar os gases que são gerados no processo de extração de petróleo e que, hoje, não podem ser vendidos devido à falta de infraestrutura para geração de energia no país por essa fonte. Para evitar a emissão desses gases na natureza, buscou-se uma alternativa de uso.

E o melhor caso identificado pela Tecpetrol foi o aproveitamento para o processo de mineração de bitcoin e outras criptomoedas. A operação possui atualmente um gasto energético elevado devido à necessidade de usar computadores com alto poder de processamento, que por sua vez consomem muita energia.

O CEO da petroleira, Ricardo Markous, explicou que serão reaproveitados os gases emitidos de seis pontos de extração de petróleo na região de Vaca Muerta, na Argentina. Lá, são produzidos, por dia, 60 mil metros cúbicos de gases. Agora, os gases serão coletados e armazenados em máquinas de geração de energia.

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Mineração e sustentabilidade

A empresa não especificou quais criptomoedas deverão ser mineradas na operação. Entretanto, a mineração de bitcoin é a mais famosa e lucrativa no mercado, indicando que ela deve ser um dos focos da Tecpetro. O importante, afirma a empresa, é estabelecer uma operação de conversão de gases pouco utilizados em fontes de energia.

Markous disse ainda que usar os gases como fonte de energia faz com que a emissão de poluentes associada ao processo de mineração seja menor. O impacto ambiental da atividade tem sido um dos principais pontos de crítica por trás do ecossistema cripto, e por isso se tornou uma preocupação de projetos.

A petroleira também não será a única empresa na Argentina com esse tipo de operação. Recentemente, a Plus Petrol anunciou que deve construir um projeto de aproveitamento de gases gerados em suas operações para a mineração de bitcoin e outras criptomoedas, também com foco na sustentabilidade e otimização de recursos.

A mineração de criptomoedas é o processo de liberação de novas unidades desses ativos no mercado. Para isso, usuários - chamados de mineradores - competem entre si para decifrar problemas matemáticos complexos. Os bem-sucedidos ganham o direito de validar movimentações no blockchain do ativo e, em troca, ganham unidades da moeda como recompensa.

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