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Drex: Santander faz primeira transação com tecnologia para garantir privacidade

Banco anunciou teste como parte de esforços do Banco Central para avaliar privacidade no piloto

Drex tem previsão de lançamento para o público até o início de 2025 (Banco Central/Divulgação/Divulgação)

Drex tem previsão de lançamento para o público até o início de 2025 (Banco Central/Divulgação/Divulgação)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 5 de dezembro de 2023 às 08h00.

O Banco Santander anunciou nesta semana que realizou na última terça-feira, 28, a primeira transação bem-sucedida no piloto do Drex - a versão digital do real - com foco em privacidade. A operação contou com o uso da tecnologia Anonymous Zether, uma das escolhidas pelo Banco Central.

De acordo com informações compartilhadas com a EXAME pelo banco, a Anonymous Zether "permite o uso de privacidade no remetente, destinatário e valores". Com isso, foi possível realizar a transferência sem que os outros participantes da rede de testes do Banco Central tivessem acesso aos dados.

O Santander destacou ainda que a transação " marca o início das avaliações de privacidade" no piloto do Drex. Nesta fase, serão avaliados aspectos como programabilidade, prontidão das soluções escolhidas para produção, descentralização da rede e alguns aspectos das soluções, como escala e ser de código aberto.

Além da Anonymous Zether, foram escolhidas outras duas tecnologias de solução de garantia de privacidade: a Starlight e a Parchain. Ambas deverão ser testadas nos próximos meses. No dia seguinte à transação do Santander, o Banco do Brasil realizou de forma bem-sucedida uma transação privada com o Itaú, também com uso da Zether.

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Privacidade no Drex

Em um encontro com os participantes do piloto, Clarissa Souza, analista de sistemas do Banco Central, explicou que "a gente inicia agora uma nova fase do piloto, onde a gente começa a estudar e testar soluções de privacidade, que é que a gente se propõe a fazer no âmbito do projeto". Ela destacou que a autarquia não vai criar nenhuma ferramenta própria.

Responsável por coordenador o piloto no Banco Central, Fabio Araújo destacou que a privacidade é "um dos pontos mais críticos do projeto", o que justifica o período mais longo para os testes, de outubro a maio do próximo ano. A data coincide com o fim previsto para o piloto. Ele afirmou ainda que, no momento, a rede já foi capaz de criar contratos inteligentes, mas "sem as soluções de privacidade".

As dificuldades em torno da questão envolvem a exigência legal de proteção de dados pessoais dos usuários do Drex. Por isso, a necessidade de realizar mais testes sobre o tema levaram a um adiamento do fim previsto para o piloto, passando para maio de 2024.

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