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Drex vai reduzir custos para fazer negócios no Brasil, afirma Campos Neto

Durante participação em evento internacional, o presidente do Banco Central destacou o potencial da moeda digital brasileira

Drex tem previsão de lançamento para o público até o início de 2025 (Gustavo Minas/Bloomberg via/Getty Images)

Drex tem previsão de lançamento para o público até o início de 2025 (Gustavo Minas/Bloomberg via/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 10 de outubro de 2023 às 17h01.

Última atualização em 10 de outubro de 2023 às 17h22.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, afirmou na última segunda-feira, 9, que o lançamento do Drex — a versão digital do real — deverá trazer uma série de vantagens para a economia brasileira. Entre elas, ele espera que o custo para realizar negócios no país diminua.

O executivo falou sobre o tema durante a sua participação no XXXIII Encontro de Lisboa, que reúne os líderes dos bancos centrais dos países lusófonos. Na visão de Campos Neto, uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês) tende a reduzir fricções e diminuir custos de registros e contratos.

Campos Neto explicou que o Drex "é uma moeda em que o formato é muito diferente do que eu vejo por aí, porque entendemos que o principal desafio de fazer a moeda digital era não desintermediar os bancos". Nesse sentido, ele destacou a preocupação da autarquia de manter o papel das instituições financeiras na economia.

Por isso, o Banco Central optou pela criação de tokens que serão emitidos pelos bancos com base no bloqueio de depósitos de Drex. Campos Neto afirmou que, com a medida, o modelo brasileiro seria "mais fácil e melhor" que outros projetos de CBDCs atualmente em desenvolvimento.

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Vantagens do Drex

A vantagem, destacou, é a combinação da manutenção de intermediação com o conceito da tokenização, que envolve o registro de ativos tradicionais em redes blockchains. A partir dessa união, o presidente do Banco Central espera ter um ambiente de negócios mais seguro e moderno.

A estratégia, segundo Campos Neto, "gera modernização na parte de riscos, asset management, funding, gestão de colateral, então tem uma externalidade positiva muito grande dos bancos passarem a fazer isso".

Outra vantagem prevista pelo presidente do Banco Central com o Drex é que o projeto retira a necessidade da autarquia criar uma regulamentação nova para a moeda digital. Na visão dela, as regras atuais já seriam válidas para a CBDC em desenvolvimento, prevista para ser lançada entre o fim de 2025 e o início de 2025.

"Entendemos que isso vai gerar uma eficiência não só em termos de regulamentação financeira, mas em toda a parte de registro de contratos", destacou. Nesse sentido, a expectativa de Campos Neto é que o Drex ajude a reduzir "muito" os custos necessários para fazer negócios no Brasil.

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