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Drex não é "simples moeda" e terá mesmo impacto do Pix no sistema financeiro, diz coordenador

Coordenador do projeto no Banco Central falou sobre potencial do Drex para democratizar acesso da população a serviços financeiros

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 13 de setembro de 2024 às 17h09.

Última atualização em 13 de setembro de 2024 às 17h37.

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Fabio Araujo, coordenador do Drex no Banco Central, afirmou que o projeto poderá ter o mesmo impacto no sistema financeiro que o Pix teve no setor de pagamentos do Brasil. A expectativa é que a moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês) tenha um papel para democratizar o acesso de brasileiros a diferentes investimentos.

Durante sua participação no evento NFT Brasil, Araujo destacou que o Drex "vai além de uma moeda. É um passo além. Quando fala em CBDC, as pessoas pensam em tokenizar o papel moeda e usar. Mas o questionamento que fizemos foi: 'pra que fazer isso se já tem o Pix?'. O que percebemos foi que a tecnologia tem outros potenciais melhores".

A ideia é que bancos e instituições de pagamentos consiga "trazer os serviços para esse ambiente. Precisa ter um ambiente com Banco Central, bancos e instituições de pagamentos, servindo como uma ferramenta de liquidação para os serviços financeiros da economia".

Segundo Araujo, "o Drex tem como ponto focal o fomento a novos modelos de negócios e a democratização de acesso a serviços financeiros. A grande vantagem é a programabilidade, que facilita na criação de novos serviços e reduz o custo. E tem o depósito tokenizado para resolver questões macroeconômicas".

Drex, Pix e Open Finance

"A CBDC tem uma quebra de paradigma muito grande. E tokenizar ativo que as pessoas já sabem usar no dia a dia facilita muito", ressaltou. Ele pontuou ainda que o desenvolvimento do projeto faz parte de uma agenda de "inovação e democratização de serviços financeiros" que envolve ainda o Pix e o Open Finance.

Se o Pix "dá trilho comum e relação digital" no mundo dos pagamentos, o Open Finance tem como foco o sistema financeiro, quebrando "silos informacionais". Já o Drex trará a programabilidade e eficiência em contratos. "O Drex quer fazer para os serviços financeiros o que o Pix fez para os serviços de pagamento", resume.

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"As pessoas hoje basicamente só investem na poupança. Precisa dar uma experiência de usuário para facilitar que as pessoas tenham acesso a ativos mais rentáveis e mais seguros. Precisamos dar um suporte a modelos de negócios inovadores. O mercado financeiro está desenvolvido, mas as pessoas estão apenas na porta de entrada, precisamos facilitar isso", diz.

Araujo explicou ainda que o Banco Central "vê o Drex como plataforma. O Banco Central não oferece serviços. É onde o mercado vai poder fazer os serviços e prestar serviços de crédito, investimentos, seguro".

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