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Dados econômicos dos EUA podem ditar preços das criptomoedas no fim de 2022; entenda

Semana de liberação de dados importantes da economia norte-americana pode agitar o mercado pela última vez em ano acometido por "inverno cripto"

Economia dos EUA poderá ter impacto em criptomoedas (Justin Tallis/Getty Images)

Economia dos EUA poderá ter impacto em criptomoedas (Justin Tallis/Getty Images)

Nesta segunda-feira, 12, o mercado de criptomoedas segue estável, no aguardo pela divulgação de dados importantes para a economia norte-americana e que podem ditar as cotações de seus principais ativos até o fim de 2022.

Com capitalização em US$ 878 bilhões, as criptomoedas movimentam apenas US$ 55 bilhões nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinGecko. O volume de negociação da nova classe de ativos permanece baixo desde que os efeitos da queda da FTX começaram a deixar o mercado.

Cotado a US$ 17.011, o bitcoin cai 1% nas últimas 24 horas. A maior criptomoeda do mundo obteve sucesso em se manter acima dos US$ 17 mil após ter caído para cerca de US$ 15 mil no auge do colapso da FTX, em novembro.

Já o ether, criptomoeda nativa da rede Ethereum, é cotado a US$ 1.263. A segunda maior cripto cai 1,6% no mesmo período, segundo dados do CoinGecko.

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Em alta, o Índice de Medo e Ganância sobe um ponto e fica em 27 pontos, sinalizando “medo” entre investidores. O índice serve para medir o sentimento do mercado cripto e auxiliar nas decisões de investidores para compra e venda de ativos. Ao longo de 2022, ele este em maior parte sinalizando “medo” e “medo extremo”.

Além do bitcoin e ether, outras criptomoedas se destacam com quedas significativas. São elas:

• Build n’ Build (BNB): - 5,1%
• Dogecoin (DOGE): - 8,5%
• Shiba inu (SHIBA): - 4,7%
• Solana (SOL): - 4,1%
• Avalanche (AVAX): - 5,5%

Economia dos EUA

A expectativa é que a semana seja agitada para os mercados financeiros em todo o mundo. Isso porque dados importantes da economia norte-americana podem ditar o futuro da cotação de grande parte dos investimentos, sejam de renda fixa ou ativos de risco.

Na próxima quarta-feira, 14, haverá a última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto dos EUA (FOMC). Conhecida como “superquarta”, a data marca o momento em que o banco central norte-americano decide novos aumentos na taxa de juros do país.

Em 2022, os aumentos foram severos em uma postura agressiva da instituição para combater a inflação que batia recordes dos últimos 40 anos. No entanto, agora especialistas já prevêem um alívio para o fim de ano, o que pode favorecer os ativos de risco como as criptomoedas.

“Apesar do momento de cautela, um dos melhores momentos para se posicionar em ativos de risco é em final de ciclo de alta de juros”, disse Victor Inoue, head de produtos da Wealth, Investments & Trust, empresa de gestão de patrimônio para pessoas, grupos familiares e empresas.

Segundo a ferramenta do CME Group, a probabilidade de um aumento de 0,50% ser decidido na próxima quarta-feira é de 74,7%, enquanto apenas 25,3% acreditam em um aumento de 0,75%, conforme foi anunciado nas últimas reuniões.

A decisão do Federal Reserve neste dia poderá ser determinante para a cotação dos principais ativos de investimento do mundo neste final de ano, incluindo as criptomoedas, já que a próxima reunião do FOMC está agendada apenas para 1 de fevereiro de 2023.

“O Fed possui mandato duplo, ou seja, é responsável por manter estável tanto o mercado de trabalho quanto a inflação. Neste ano, tivemos um cenário de mercado de trabalho extremamente aquecido e inflação descontrolada, o que facilitou a postura mais dura do Banco Central americano. Caso seja observada fragilidade no payroll, poderemos ter uma mudança de postura com um discurso menos agressivo”, apontou Victor.

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