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Da tokenização à transformação: o papel das comunidades na aquisição de clientes

Tecnologia pode contibuir para um futuro onde a descentralização, a equidade e o empoderamento dos usuários são a norma e não a exceção

 (MR.Cole_Photographer/Getty Images)

(MR.Cole_Photographer/Getty Images)

AM
Amanda Marques

CMO na Lumx

Publicado em 3 de setembro de 2023 às 11h00.

Última atualização em 29 de setembro de 2023 às 19h20.

À medida que o mundo digital se adapta à emergência da economia tokenizada e da Web 3, eu, Amanda Marques, diretora de marketing da Lumx Studios, gostaria de conduzi-los através de uma análise dessa evolução. Essa transformação sugere uma reconfiguração do poder sobre a Internet, vislumbrando um futuro onde a descentralização, a equidade e o empoderamento dos usuários são a norma e não a exceção.

Web3 e sua relevância para as comunidades digitais

Para entendermos a Web3, é essencial ir além da superficialidade. Não se trata apenas de uma nova versão da internet, mas sim de uma redefinição sobre quem detém o poder sobre as tecnologias que usamos diariamente.

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Durante a última década, nos acostumamos a um compromisso entre conveniência e controle: ao usar a internet, naturalmente abrimos mão de nossa privacidade e dados. Contudo, a Web3 rejeita essa premissa. Ela nos propõe usufruir dos benefícios da Internet sem entregar a maior parte do poder a um pequeno grupo de empresas.

Antes de visualizarmos um futuro tokenizado, é crucial compreendermos o conceito de comunidade na era blockchain. O termo “Web3” surgiu da visão de uma nova e melhor internet, uma onde os pagamentos são nativamente digitais, onde aplicações descentralizadas coexistem com as centralizadas e onde os usuários têm mais domínio sobre sua identidade e dados.

Comunidades: o motor impulsionador da economia tokenizada

Para entender o conceito emergente de “Comunidade como Serviço” (CaaS), façamos uma comparação com algo mais familiar: o Software as a Service (SaaS). No mundo do SaaS, estamos acostumados a adquirir acesso a plataformas e ferramentas que simplificam nossas tarefas diárias, como o uso do Dropbox para armazenamento de dados ou o Slack para comunicação empresarial. Pagamos por uma solução centralizada que otimiza um aspecto específico de nossa rotina.

Agora, imagine uma comunidade onde o próprio acesso a ela é tão precioso quanto a ferramenta ou plataforma que o SaaS proporciona. No modelo CaaS, não estamos comprando software, mas sim ingresso a uma rede de indivíduos com interesses, habilidades e influências compartilhados. Este ingresso pode ser uma fonte inestimável de insights, feedback e defensores da marca.

Vejamos um exemplo prático: suponha que uma empresa de calçados esportivos deseje lançar um novo design. Tradicionalmente, eles investiriam em pesquisas de mercado, protótipos e campanhas publicitárias.

No entanto, se essa empresa tivesse acesso a uma comunidade de entusiastas de tênis através de CaaS, eles poderiam coletar feedback diretamente desses indivíduos, permitindo um design mais alinhado com as demandas do público e, possivelmente, uma campanha de lançamento co-criada com essa comunidade, aumentando a credibilidade e autenticidade da marca.

Com a Web3, essa dinâmica de interação e valorização da comunidade se torna ainda mais palpável. A mudança de um simples "Compre agora" para um "Ganhe acesso" é transformadora. Por exemplo, em vez de simplesmente adquirir um produto, os consumidores poderiam receber tokens ou NFTs que simbolizam sua filiação e contribuição à comunidade da marca.

Estas plataformas de distribuição habilitadas para NFTs atestam essa evolução, criando um ecossistema onde cada interação, seja ela uma compra, um feedback ou uma recomendação, tem o potencial de ser tokenizada e valorizada.

Potencializando aquisições através da criptografia

A criptografia, sendo uma das espinhas dorsais da Web3, permite que comunidades detenham, controlem e rastreiem sua influência. Assim, podemos antecipar comunidades monetizando sua influência social e técnica, aprimorando a aquisição de clientes e solidificando o conceito de CaaS.

A Web3 e a tecnologia blockchain prometem iniciar uma era de maior autonomia, justiça e descentralização para anunciantes e consumidores. Isso será realizado através de uma variedade de aplicações, desde criptomoedas e mensagens criptografadas de ponta a ponta até redes sociais descentralizadas e mercados P2P. Nesse cenário, "P2P" significa "peer-to-peer", ou seja, de pessoa para pessoa.

Em vez de confiar em uma entidade centralizada, como um banco ou uma rede social tradicional, as transações e comunicações p2p acontecem diretamente entre indivíduos. Este sistema promove mais privacidade, segurança e controle sobre nossos próprios dados.

O futuro da aquisição de clientes com a Web3 gira em torno da monetização e potencialização de comunidades. A criptografia e a economia tokenizada estão redefinindo a maneira como os consumidores interagem com marcas e produtos, promovendo uma experiência mais recíproca.

Ao adotarmos essa nova dinâmica entre empresas e consumidores, estaremos não só criando um ecossistema mais equitativo, mas também transformando profundamente a forma como as marcas interagem com seus clientes.

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