Future of Money

Criptomoedas sobreviveram a eventos piores que a queda da FTX, diz Chainalysis

De acordo com a Chainalysis, a queda da FTX provavelmente terá um efeito relativamente menor no ecossistema cripto do que outros casos da história das criptomoedas

FTX deixou de ser 2ª maior corretora cripto para ir à falência (Justin Tallis/Getty Images)

FTX deixou de ser 2ª maior corretora cripto para ir à falência (Justin Tallis/Getty Images)

Cointelegraph Brasil

Cointelegraph Brasil

Publicado em 24 de novembro de 2022 às 09h33.

A empresa de análise de dados de redes blockchain Chainalysis comparou a queda da Mt. Gox à da FTX para determinar como a falência da exchange de Sam Bankman-Fried afetará o ecossistema cripto.

O relatório concluiu que a FTX era uma parte relativamente menor da indústria do que a Mt. Gox em sua época e que o setor deverá se recuperar e se tornar mais forte do que nunca.

(Mynt/Divulgação)

Em uma publicação no Twitter de 23 de novembro, o líder de pesquisa da Chainalysis, Eric Jardine, começou sua comparação analisando primeiro a participação de mercado das duas empresas, revelando que a Mt. Gox respondeu por 46% de todas as entradas de exchanges no ano que antecedeu seu colapso em 2014, em comparação com a média de 13% da FTX, que operou de 2019 a 2022.

Jardine observa que em 2014, quando a Mt. Gox entrou em colapso, as exchanges centralizadas (CEXes) eram os únicos players do mercado, enquanto no final de 2022 quase metade de todas as entradas de exchanges foram capturadas por exchanges descentralizadas (DEXes), como Uniswap e Curve.

(Chainalysis/Reprodução)

Jardine menciona, no entanto, que a FTX estava lentamente ganhando participação de mercado, enquanto a Mt. Gox estava em declínio, e que vale a pena considerar as trajetórias de ambos os negócios, acrescentando:

“A Mt. Gox estava se tornando uma exchange entre muitas outras durante um período de crescimento da indústria, ficando com uma fatia menor de um bolo maior. A FTX, por outro lado, estava assumindo uma fatia maior de um bolo cada vez menor, superando outras exchanges, mesmo com a queda do volume bruto de transações.”
Apesar disso, Jardine concluiu que a Mt. Gox era um “pivô da categoria CEX em uma época em que as CEXes dominavam”, tornando-se uma parte maior do ecossistema cripto na época de seu colapso do que a FTX agora.

Jardine então examinou a recuperação da indústria após a queda da Mt. Gox e descobriu que, embora o volume de transações on-chain tenha ficado estagnado por mais ou menos um ano, a atividade logo voltou a crescer.

Em fevereiro de 2014, Mt. Gox suspendeu as negociações, fechou seu site e entrou com pedido de proteção contra falência após perder 850.000 Bitcoin em um ataque hacker.

Os clientes que tinham participações depositadas na bolsa ainda não receberam seus fundos de volta, mas o Mt. Gox Trustee anunciou em 6 de outubro que os credores têm até 10 de janeiro de 2023 para escolher um meio de pagamento para os 150.000 BTC supostamente em sua posse.

Jardine acredita que, embora existam outros fatores envolvidos agora, como a grande presença pública de Sam Bankman-Fried, a “comparação deve provocar otimismo no setor” quando se resume aos fundamentos do mercado: “Não há razão para pensar que o setor não pode se recuperar a partir disso, tornando-se mais forte do que nunca.” (Chainalysis/Reprodução)

Para você que adora ler notícias de crypto, a Mynt é o aplicativo ideal para você. Invista e aprenda sobre crypto ao mesmo tempo com conteúdos descomplicados para todos os públicos. Clique aqui para abrir sua conta.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok

Acompanhe tudo sobre:Criptomoedas

Mais de Future of Money

Drex: oportunidades e desafios para as empresas brasileiras

Como 2024 se tornou o ano do bitcoin?

Por que Hong Kong se transformou em um hub de criptomoedas?

Como as conversas sobre regulação estão impulsionando o mercado de criptoativos no Brasil