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Número de carteiras com mais de 1.000 bitcoins é o mais alto da história

Total de wallets com pelo menos 1.000 unidades de bitcoin cresce quase 20% em 2020 e reforça tese sobre maior interesse de investidores institucionais

 (Michael Zeigler/Getty Images)

(Michael Zeigler/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 11 de dezembro de 2020 às 14h41.

Última atualização em 11 de dezembro de 2020 às 15h02.

Um dos principais argumentos para explicar a alta do bitcoin e do mercado de criptoativos em 2020 é a entrada de dinheiro institucional no mercado. E dados recentes da empresa de análise de blockchain Chainalysis comprovam esta tese.

Segundo informações do mais recente relatório da companhia, o número de carteiras de criptoativos armazenando pelo menos 1.000 unidades de bitcoin chegou a 2.052 e atingiu seu maior valor em todos os tempos. O aumento em 2020, em relação ao ano passado, foi de 17% — 302 novas carteiras com pelo menos 1.000 BTC surgiram neste período.

Com o bitcoin atualmente cotado na faixa de 18.000 dólares, 1.000 unidades do ativo equivalem a cerca de 18 milhões de dólares, pouco mais de 90 milhões de reais. Isso deixa claro que essas carteiras pertencem, em sua grande maioria, a investidores institucionais, já que não são muitos os investidores de varejo capazes de alocar tamanha quantidade de dinheiro em um único investimento.

“Isso é um grande aumento nas carteiras mais ricas e fornece evidências de que os investidores institucionais entraram no mercado”, observou a Chainlysis em seu relatório de 10 de dezembro.

Além dos dados, as próprias empresas confirmam a teoria do aumento no número de investidores institucionais no mercado de criptoativos. A Square, do CEO do Twitter, Jack Dorsey, foi uma das primeiras a confirmar investimento milionário em bitcoin. Outras grandes empresas seguiram pelo mesmo caminho, até a mais recente notícia sobre o assunto, de que a MicroStrategy, de Michael Saylor, pretende comprar 550 milhões de dólares do maior ativo digital do mundo.

Desde meados de setembro, o bitcoin praticamente dobrou de preço no mercado internacional, passando de 10.000 para pouco menos de 20.000 dólares. Nos últimos dias, entretanto, vem em um movimento de baixa, chegando a valer cerca de 17.500 dólares. Analistas afirmam que a realização de lucros por parte de alguns investidores, além de uma correção natural de preço após a ascensão meteórica, explica a baixa.

 

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