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JPMorgan já permite que clientes de varejo invistam em criptoativos

Primeiro grande banco dos EUA a oferecer acesso aos criptoativos para clientes do varejo, JPMorgan indica amadurecimento do setor

 (NurPhoto/Getty Images)

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Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 22 de julho de 2021 às 17h46.

O JPMorgan se tornou o primeiro grande banco dos Estados Unidos a oferecer acesso a investimento em criptoativos para seus clientes de varejo. Agora, todos os clientes do JPMorgan poderão investir em bitcoin, bitcoin cash, ether e ethereum classic comprando ações dos fundos de investimento da Grayscale e da Osprey Funds.

A informação, divulgada pela Business Insider, cita um relatório do banco que tornou a medida efetiva desde a última segunda-feira, 19. A medida difere da maioria dos grandes bancos do país, que oferecem produtos ligados aos criptoativos apenas para clientes institucionais ou super-ricos.

Desde que entrou em vigor, a medida permite que usuários do aplicativo de investimentos do banco, clientes com patrimônio gerenciado por consultores financeiros do JPMorgan e clientes com mais de 100 mil dólares investidos no banco busquem exposição às criptomoedas.

Apesar da decisão, os consultores financeiros do JPMorgan continuam probidos de oferecer investimentos em criptoativos aos clientes do banco - eles podem apenas executar as alocações nessa classe de ativos a pedido dos próprios clientes.

A notícia surge pouco depois da CEO do JPMorgan Asset & Wealth Management, Mary Callahan Erdoes, afirmar em entrevista que "muitos clientes do banco vêem o bitcoin como uma classe de ativos e querem investir nele". A executiva completou: "Nosso trabalho é ajudá-los a colocar seu dinheiro onde querem investir”.

Com a compra de ações dos fundos de criptoativos da Grayscale e da Osprey Funds, os clientes do JPMorgan que decidirem investir neste mercado não terão a posse dos ativos digitais, que é responsabilidade das gestoras.

A decisão do banco marca uma mudança de postura da empresa, cujo CEO chegou a ameaçar de demissão os funcionários que negociassem bitcoin em 2017 e, pouco depois, comparando a criptomoeda com a bolha das tulipas. Em maio deste ano, entretanto, já mostrava sinais de mudança, quando afirmou que apesar de "não ter interesse em bitcoin, os clientes do banco buscavam exposição" e que ele "não diz aos clientes o que eles devem fazer".

O JPMorgan também tem uma unidade dedicada ao desenvolvimento de soluções em blockchain e tem até a sua própria criptomoeda, a JPM Coin, em testes para uso em remessas internacionais.

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