Criptoativos

CVM aprova negociação do primeiro ETF de criptomoedas na B3

Fundo de índice da gestora brasileira Hashdex poderá ser adquirido por quaisquer investidores brasileiros diretamente na B3

 (imaginima/Getty Images)

(imaginima/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 17 de março de 2021 às 10h39.

Última atualização em 17 de março de 2021 às 12h52.

Primeiro ETF de criptomoedas do mundo, o Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice, da gestora brasilera focada em criptoativos Hashdex, recebeu aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para negociar o fundo de índice no Brasil. É o primeiro produto do tipo disponível no país, e será listado na B3, para qualquer tipo de investidor, sob o ticker HASH11.

O fundo de índice terá como objetivo buscar retornos de investimentos que correspondam à performance em reais do Nasdaq Crypto Index (NCI), índice referenciado em ativos digitais calculado pela Nasdaq e co-desenvolvido pela Nasdaq e pela própria Hashdex.

Anunciado em setembro de 2020, o Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice foi listado, em fevereiro, e com suporte da Nasdaq, na Bolsa de Valores de Bermudas, país que tem regulamentação avançada e amigável aos criptoativos.

O produto já estava disponível no Brasil, porém apenas através dos fundos de criptoativos oferecidos pela própria Hashdex, em corretoras nacionais parceiras, e com exposição variada, de 20, 40 ou 100%, sendo o último acessível apenas a investidores profissionais. Agora, os investidores brasileiros, inclusive pequenos investidores, poderão adquirir cotas do ETF diretamente pela B3, sem restrição de exposição.

O Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice busca ser uma representação do mercado de criptoativos e, por isso, investe em diversos ativos digitais. Atualmente, compõem o ETF as criptomoedas chainlink, bitcoin cash, ether, stellar, litecoin, além da maior criptomoeda do mundo, o bitcoin, e do dólar.

A custódia dos ativos é feita em empresas como BitGo, Coinbase, Fidelity e Gemini, todas sediadas e reguladas nos EUA. Já as negociações dos ativos, realizadas nos rebalanceamentos do fundo de índice, podem ser feitas, além da Coinbase e da Gemini, também nas exchanges BitStamp, itBit e Kraken.

A aprovação de produtos de investimento ligados aos criptoativos nos mercados tradicionais é apontada por especialistas como fator determinante para o crescimento e desenvolvimento do setor, devido ao seu alcance e facilidade de acesso, que podem acelerar a adoção da classe de ativos digitais.

No curso "Decifrando as Criptomoedas" da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, head de criptoativos da Exame, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o funcionamento. Confira.

Acompanhe tudo sobre:B3BitcoinCriptomoedasCVMETFs

Mais de Criptoativos