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Copa do Mundo pode impulsionar adesão global à Web3, aponta relatório

Fifa, responsável pelo evento, já realizou iniciativas nesta edição voltadas à integração de NFTs e Web3 com o público

Copa do Mundo do Qatar está sendo acompanhada por cerca de cinco bilhões de pessoas (Lucas Amorim/Exame)

Copa do Mundo do Qatar está sendo acompanhada por cerca de cinco bilhões de pessoas (Lucas Amorim/Exame)

Cointelegraph Brasil

Cointelegraph Brasil

Publicado em 28 de novembro de 2022 às 15h35.

Última atualização em 29 de novembro de 2022 às 15h48.

Competição esportiva mais popular do planeta, a Copa do Mundo do Catar tem o potencial de promover a adesão maciça de usuários à Web3, uma vez que cinco bilhões de pessoas no mundo todo estão acompanhando a 22ª edição do campeonato.

A cifra corresponde a mais da metade da população global, estimada atualmente em pouco mais de oito bilhões de pessoas. "Neste ano, a Web3 se conectará com mais da metade da população mundial por meio de patrocínios, anúncios e experiências interativas" durante a Copa do Mundo, destacou um relatório publicado pelo Dapp Radar.

Segundo o relatório, "a Copa do Mundo é um dos poucos fenômenos globais onde todas as nacionalidades, raças, ideologias ou religiões podem se unir. É o evento esportivo mais assistido do mundo, tendo atraído 3,5 bilhões de espectadores durante a edição de 2018. Espera-se que esse número ultrapasse cinco bilhões nas próximas seis semanas".

(Mynt/Divulgação)

Grandes empresas associaram-se à Fifa para oferecer aos fãs de futebol experiências interativas que unem espaços imersivos, tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) e games diversos. A própria organização lançou cinco jogos blockchain diretamente relacionados à Copa do Mundo do Catar às vésperas do início da competição.

Já a Visa desenvolveu uma experiência interativa em que pessoas comuns podem transformar suas jogadas capturadas em espaços imersivos em espaços tradicionais de reunião de torcedores em algumas das principais cidades do mundo.

A empresa criou um sistema para capturar momentos marcantes e transformá-los em NFTs baseados na blockchain da Cronos, rede descentralizada da Crypto.Com. A corretora de criptomoedas baseada em Singapura, por sua vez, é patrocinadora oficial da Copa do Mundo.

A exchange também fechou uma parceria com outra patrocinadora do evento, a cervejaria Budweiser, para criar NFTs dos placares dos jogos a partir da escolha inicial de uma seleção a ser decidida pelo usuário.

Grandes momentos da história das Copas do Mundo foram transformadas em pacotes de figurinhas virtuais sob o formato de NFTs baseados na blockchain da Algorand, que podem ser comprados a preços populares.

Copa do Mundo impacta mercado de NFTs

A Copa do Mundo exerceu um impacto direto sobre o mercado de NFTs nos dias que antecederam o início do torneio. Os colecionáveis do Sorare, um jogo de futebol em que os usuários podem colecionar e comercializar NFTs de grandes jogadores do futebol mundial, superou os itens de diversas coleções populares em termos de volume de negociação.

Semanalmente, os usuários do Sorare montam equipes com seus colecionáveis para acumular pontos com base no desempenho dos jogadores em competições reais.

De acordo com o Dapp Radar, "nos últimos 30 dias, a Sorare é a segunda maior coleção de NFTs em termos de volume negociado, ficando atrás apenas da Bored Ape Yacht Club (BAYC). Os cards do fantasy game superaram as coleções de primeira linha, como Doodles, Azuki e Moonbirds".

Fan tokens ganham mais popularidade

Além disso, os fan tokens capitalizaram o efeito Copa do Mundo de duas formas distintas. Primeiramente, houve um aumento da negociação dos tokens do setor, gerando fortes movimentos especulativos baseados nos potenciais resultados das seleções que já lançaram seus próprios criptoativos em relação aos seus resultados no mundial.

Em segundo lugar, o evento abriu a possibilidade de que novas ferramentas sejam incorporadas ao ecossistema, potencializando a utilidade e adoção desta classe de ativos no futuro.

A Socios.Com, plataforma líder na emissão e comercialização de fan tokens, estima que 17 mil detentores desta classe de ativos digitais tomarão parte das decisões de governança propostas pela empresa em associação com os clubes, recebendo prêmios e recompensas em contrapartida.

Ou seja, trata-se de um número ainda muito pequeno dado o contingente global de usuários que pode ser engajado no setor através de recursos das criptomoedas e da Web3.

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