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Como o Vision Pro, da Apple, pode afetar a adoção do metaverso e a nossa relação com a internet

Óculos de realidade virtual da Apple pode ajudar a impulsionar a adoção de uma nova internet tridimensional

Apple Vision Pro: dispositivo de realidade aumentada da Apple (Justin Sullivan/Getty Images)

Apple Vision Pro: dispositivo de realidade aumentada da Apple (Justin Sullivan/Getty Images)

Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 18 de junho de 2023 às 13h00.

Última atualização em 12 de julho de 2023 às 16h52.

A Apple anunciou no último dia 5 o Vision Pro, seu óculos de realidade virtual. A novidade mobilizou cerca de 50 milhões de pessoas que assistiram ao vídeo divulgado pela gigante da tecnologia. Embora os óculos de realidade virtual já sejam comercializados há um tempo por outras marcas, como a concorrente Meta, o Vision Pro pode ajudar a impulsionar a adoção deste tipo de dispositivo que dará acesso a uma nova internet tridimensional.

“Tem um potencial muito grande para afetar a maneira como a gente se relaciona com a internet e com o metaverso. Só o fato de você poder trazer tudo isso para dentro da sua casa, interagir com várias telas ao mesmo tempo e de forma totalmente planejada espacialmente, trazer elementos 3D para o espaço, visitar outros lugares, viver memórias, fazer ligações em vídeo 3D, tudo isso evidencia muita possibilidade legal que começa a ser explorada”, comentou Bruno Pedroza.

Bruno Pedroza é bacharel em Computer Animation pela Full Sail University, Head of Interactive da produtora Broders e membro fundador da Associação Brasileira de X-Reality e foi ouvido pela EXAME sobre as possibilidades do Vision Pro no metaverso.

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O conceito de mundo virtual trazido pelo metaverso já possui décadas de existência, principalmente em filmes de ficção científica e outras obras literárias. No entanto, nos últimos anos grandes empresas começaram a apostar na possibilidade disso virar realidade antes do que imaginamos. Apesar disso, o conceito ainda não ganhou popularidade entre o público geral.

“O Vision Pro acelera essa adoção do Metaverso, principalmente porque a Apple tem uma capacidade de distribuição de equipamentos, um know-how na área de hardware muito grande, além de uma capilaridade de lojas e de suporte, algo que com certeza cria uma tensão nova. Fora que a marca tem um público muito fiel aos seus produtos. E que mesmo que essa primeira versão do Vision Pro ainda seja para alguns early adopters e para quem tiver condições financeiras para esse investimento, com certeza vai gerar o desejo de ter”, explicou Bruno Pedroza, à EXAME.

Recentemente, o Facebook chegou a mudar o seu nome para Meta como uma forma de enfatizar o foco da gigante da tecnologia no metaverso. A empresa também já oferece óculos de realidade virtual para venda.

“É claro que a Apple não usou o termo metaverso para poder se distanciar um pouco da Meta; das propostas da sua concorrente, mas, de fato, é nítido que a própria Meta é extremamente beneficiada com este anúncio, mesmo porque o óculos da Meta custa uma fração do preço da Apple. Então, para muitos que vão sonhar ter esse novo device, é uma porta de entrada”, disse Pedroza.

O Vision Pro, da Apple, tem previsão de chegar às lojas dos EUA no início de 2024 por US$ 3,5 mil. No Brasil, ainda não foram divulgadas datas ou preços.

“Sendo a plataforma de computação espacial provavelmente mais avançada na mão do consumidor, eu acredito que não vão faltar ferramentas, tanto na parte de tracking e de ferramenta de acompanhamento de olhar, voz, mãos, os avatares para fazer FaceTime, você poder entrar em outro cenário, seja para assistir a um filme, jogar um videogame, rever uma memória com a sua família… Então, tudo isso são os primeiros passos para a aplicação do Metaverso no cotidiano”, explicou o especialista.

“O Vision Pro vai trazer muitos aplicativos que a gente já tem nos nossos celulares, para dentro deste espaço imersivo. É uma maneira das pessoas se familiarizarem mais com essa nova internet tridimensional, que também é chamada de metaverso, que você está presente nela, dentro dela, interagindo de uma maneira muito mais imersa”, concluiu.

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