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Como as instituições financeiras podem abraçar as criptomoedas com confiança

Treinamentos dos times internos, medidas de compliance adequadas e uma estratégia de risco definida podem ajudar a jornada das empresas no universo cripto

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 22 de julho de 2023 às 11h00.

Por Brianna Kernan*

Com a crescente popularização das criptomoedas, um número cada vez maior de instituições financeiras têm incorporado serviços baseados em criptografia em seus portfólios. No Brasil, em especial, os ativos digitais têm se tornado mainstream entre investidores. O país saltou da 14ª para 7ª posição no Global Crypto Adoption Index da Chainalysis entre 2021 e 2022 - sendo o segundo maior mercado das Américas, atrás somente dos Estados Unidos.

Dado o potencial desse mercado, que deve ser potencializado pela regulação do setor sob guarda do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários, e ambos têm integrado os players do setor nessa discussão, é esperado que as instituições financeiras convencionais ampliem a oferta de serviços de criptomoedas para clientes institucionais e do varejo. Para essas organizações, a jornada no ecossistema cripto pode ser iniciada com a construção de um time especializado.

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É importante ter todas as áreas envolvidas na iniciativa: desde os analistas de investimentos, representantes comerciais e gestores de patrimônio, que lidarão diretamente com as movimentação das criptomoedas, ou até analistas de risco e outros profissionais do compliance, que determinarão quais serviços cripto são possíveis em cada caso - aprendam o máximo possível sobre o setor.

Após o devido treinamento aos times internos, é necessário definir qual o apetite de risco da instituição, bem como implementar as melhores práticas em compliance. A partir dessas etapas, a instituição financeira pode iniciar a interação com outras empresas do ecossistema cripto.

Tratando-se de bancos varejistas convencionais, isso significa permitir transações com criptomoedas por seus clientes, de maneira segura e regulamentada e dentro do nível de exposição ao setor definido pela própria organização. Aceitar empresas de criptomoedas como clientes também pode ser um primeiro passo para essas instituições convencionais.

Essa etapa não significa, necessariamente, que a organização deva aceitar depósitos ou reter criptomoedas em nome dos clientes. Ao invés disso, os bancos podem oferecer produtos de investimento sintéticos baseados em cripto, como ETFs de criptomoedas, que permitem aos clientes capturar uma parte da vantagem do setor sem que a instituição financeira realmente mantenha a custódia dos ativos.

No entanto, com o crescente interesse de clientes de varejo e institucionais em possuir criptomoedas, as instituições de recebimento de depósitos de fundos devem oferecer suporte a transações de criptomoedas de alguma forma no futuro breve. E se posicionar no setor com antecedência provavelmente será um importante diferencial competitivo.

Por fim, as organizações que se sentirem confortáveis podem aumentar a complexidade dos produtos cripto oferecidos, incorporando serviços como pagamentos em criptomoedas e DeFi, por exemplo, que é uma das áreas de crescimento mais rápido no universo criptográfico.

As instituições financeiras tradicionais estão reconhecendo as criptomoedas como uma ferramenta para ajudar seus clientes e tem as incorporado em suas estratégias para gerar mais receita. Com as ferramentas certas, essas empresas podem acessar as transações registradas em blockchain, observar como os fundos são movimentados entre diferentes carteiras e usar esses dados para tomar decisões sobre quais serviços fazem mais sentido para seus clientes.

Fazer parcerias com as empresas certas pode ajudar essas instituições a navegar no ecossistema cripto com mais facilidade. A Chainalysis, por exemplo, se aliou a diversas organizações em todo o mundo para ajudá-las a avaliar oportunidades e administrar riscos enquanto embarcavam neste setor.

Softwares de investigação que conectam transações de criptomoedas a entidades do mundo real, ou fornecem dados sobre o risco em cada movimentação, têm se mostrado ferramentas indispensáveis para que uma instituição financeira iniciem sua jornada no setor. Por meio desses serviços, é possível monitorar em tempo real os ativos digitais de uma organização, permitindo-a operar no crescente universo da criptoeconomia com confiança.

*Brianna Kernan é líder de Vendas da Chainalysis para a América Latina. A Chainalysis é uma empresa de blockchain que fornece dados, software, serviços e pesquisas para mais de 700 agências governamentais, instituições financeiras e securitizadoras, além de empresas de segurança cibernética em mais de 70 países.

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