Com aporte de fundador do PayPal, startup cripto é avaliada em US$ 4,1 bi
Em nova rodada de investimento, liderada por Peter Thiel, Bitpanda capta US$ 263 milhões e aumenta o seu valor em mais de 250% em apenas cinco meses
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 17 de agosto de 2021 às 16h05.
A fintech Bitpanda, que se tornou o primeiro unicórnio da Áustria em março, realizou uma nova rodada de investimentos nesta semana, liderada pelo fundador do PayPal, Peter Thiel, que mais do que triplicou o valor da startup em menos de cinco meses. Agora, a empresa de criptomoedas e blockchain foi avaliada em 4,1 bilhões de dólares - ou mais de 21 bilhões de reais.
Baseada em Viena, capital da Áustria, a Bitpanda tem como principal produto uma plataforma de negociação de criptomoedas. Em março, recebeu um aporte de 170 milhões de dólares numa rodada de investimento série B, que avaliou a startup em 1,2 bilhão de dólares - unicórnio é o nome dado às startups avaliadas em mais de 1 bilhão de dólares.
Desta vez, na rodada de série C que captou 263 milhões de dólares, liderada pela Valar Ventures, de Peter Thiel, o valor da empresa aumentou quase 250%, chegando a 4,1 bilhões de dólares. O bilionário Alan Howard, a REDO Ventures e a LeadBlock Partners também participaram da nova rodada.
Fundada em 2014, a Bitpanda atualmente também oferece a negociação de outros ativos além de criptomoedas, como ações, metais preciosos e ETFs. Com cerca de 3 milhões de usuários, a startup afirma que usará o valor captado para investir em tecnologia, expansão internacional e crescimento de forma geral.
Apesar de afirmar que a empresa é lucrativa há cinco anos, Eric Demuth, cofundador e CEO da Bitpanda, diz que a nova rodada pode acelerar o desenvolvimento da empresa: "A captação nos permitirá ser agressivos sem ter que sacrificar a nossa cultura. Essa rodada deverá ser usada em três pontos-chave: produto, pessoas e expansão", disse, ao site The Block.
Peter Thiel, que liderou a nova rodada de investimentos, ficou famoso por ser um dos criadores do PayPal e também por ter sido um dos investidores do Facebook em seus estágios iniciais, apontado inclusive como o pivô da saída do brasileiro Eduardo Saverin da companhia. A sua empresa de capital de risco, Valar Ventures, já investiu em companhias como TransferWise, N26, e na BlockFi, também ligada ao universo cripto e blockchain.